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CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama

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egistrados em todos os trechos, 29 deles (27,4%) foram coletados apenas no trecho à<br />

montante, contra 17 (16%) coletados exclusivamente no trecho à jusante.<br />

A maioria destes táxons é representada por espécies de pequeno porte, sem valor<br />

pesqueiro, mas de considerável relevância para a biodiversidade de peixes da região<br />

neotropical. Não se considera que tais táxons estejam diretamente ameaçados pela<br />

inundação de seus habitats, embora o isolamento de trechos superiores dos tributários na<br />

área a ser inundada possa restringir a ocorrência de alguns táxons com distribuição mais<br />

restrita a determinados biótopos, como regiões de corredeiras e quedas, requerendo que<br />

sejam tomadas medidas de proteção para a preservação dessas espécies e dos ambientes<br />

onde ocorrem.<br />

A ictiofauna inventariada no presente estudo, a partir de coletas efetuadas no rio Parnaíba e<br />

seus tributários rio Canindé, riacho dos Negros, riacho Corrente, riacho Fundo, riacho<br />

Riachão, riacho Muquila, apresentou 57 espécies das ordens Characiformes (31 táxons e 54<br />

% do total de indivíduos coletados), Siluriformes (18 e 31 %), Perciformes (5 e 8 %) e<br />

Myliobatiformes, Cyprinodontiformes e Clupeiformes com um táxon cada (1,8%), distribuídas<br />

em 45 gêneros.<br />

O zooplâncton da área estudada esteve representado por 26 táxons distribuídos entre os<br />

grupos Rotifera (12), Crustacea (8), Protozoa (3), Insecta (1), Nematoda (1) e Acari (1). A<br />

riqueza identificada pode ser considerada relativamente alta, devido às condições lóticas do<br />

ecossistema no período de coleta.<br />

Entre os períodos climáticos, o seco apresentou maior riqueza que o chuvoso (20 e 14<br />

táxons respectivamente). No período chuvoso, Protozoa foi o grupo dominante (51 %); já no<br />

período seco Rotifera foi o mais abundante (35 %).<br />

A marcante presença de espécies de plâncton verdadeiro entre os Rotifera, grupo de maior<br />

riqueza taxonômica, revela uma comunidade adaptada a regiões mais lênticas<br />

(reservatórios). A ocorrência de organismos de plâncton ocasional, a exemplo das espécies<br />

de Protozoa e dos grupos Nematoda e Acari, indica ambientes com tendência a elevados<br />

níveis de turbidez e grande ressuspensão da matéria orgânica, já que organismos comuns<br />

ao assoalho e margens dos corpos d'água foram encontrados em coletas de plâncton de<br />

superfície.<br />

A presença de larvas de camarão pode mostrar potencial de aqüicultura na área, sendo<br />

importantes as condições de qualidade de água e a manutenção da estrutura das<br />

comunidades planctônicas que lhe servem de alimento.<br />

Maiores densidades nos pontos à montante e o grande número de organismos apresentado<br />

por Arcella vulgaris demonstram também uma comunidade adaptada às regiões menos<br />

lóticas do curso d'água e dominada por organismos oportunistas.<br />

De uma forma geral, a área estudada apresentou valores adequados de diversidade e<br />

eqüitabilidade, demonstrando tendência ao equilíbrio ecológico da comunidade<br />

zooplanctônica em ambos os períodos climáticos.<br />

Projeto Parnaíba<br />

Volume IV – Análise Integrada,<br />

AHE Castelhano <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Impactos, Prognósticos e Planos<br />

Ambientais<br />

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