CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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vegetais provém do risco de incêndios, causado pela maior circulação de pessoas e<br />
veículos, em uma área onde a propagação de fogo nos períodos secos é evidente.<br />
Após o enchimento do reservatório também podem ocorrer a ampliação de desmatamentos<br />
e alterações das comunidades vegetais do entorno do lago, provocadas pela necessidade<br />
dos proprietários rurais que tiveram áreas parcialmente afetadas pelo enchimento, e<br />
perderam setores produtivos da propriedade, em utilizar novas áreas para formação de<br />
pastagens, ou mesmo pequenos plantios de agricultura de subsistência. A obrigatoriedade<br />
da aquisição da faixa marginal ao lago pelo empreendedor (Medida Provisória n 2.166/67 de<br />
agosto de 2001) pode atenuar estes desmatamentos pelo menos nas futuras áreas de<br />
preservação permanente.<br />
O conjunto destas pressões antrópicas implica em alterações na estrutura e na dinâmica<br />
das comunidades vegetais, na redução de diversidade e de capacidade de dispersão de<br />
propágulos.<br />
Pelo exposto verifica-se que o aumento da pressão antrópica sobre os remanescentes<br />
vegetais, que pode resultar em desmatamentos ou mesmo alterações na estrutura florística<br />
da vegetação não é possível de ser mensurado. Ressalta-se ainda que este impacto deverá<br />
ocorrer sob duas formas: localizada, no caso do canteiro de obras, barragem e reservatório,<br />
e generalizada , quando no entorno do reservatório e do local das obras.<br />
Além destas características considerou-se que este impacto é reversível, de duração<br />
temporária e de média importância, pois a pressão tende a retornar a níveis próximos dos<br />
atuais após o enchimento do reservatório.<br />
A classificação de reversível provém das propostas de implantação, por parte do<br />
empreendedor, de ações de educação ambiental e comunicação social na região,<br />
destacando a importância da conservação ambiental para uma melhoria da qualidade de<br />
vida local.<br />
2.3.2.2.2. Aumento da Pesca e Caça Predatória<br />
O aumento da população humana provocará também um aumento da pressão antrópica<br />
sobre as comunidades de médio e grandes mamíferos, aves, répteis e anfíbios na AID.<br />
Intensifica-se a possibilidade de aprisionamento ou de caça predatória de animais silvestres<br />
para comércio ilegal, ou para consumo alimentar, atividades comuns nessa região. Os<br />
vertebrados do ambiente terrestre dessa área, poderão assim sofrer reduções qualitativas e<br />
quantitativas, com extinções locais de determinadas espécies ou a dispersão dos animais<br />
silvestres para outras áreas, livres dessa pressão de predação.<br />
Assim, a atual distribuição e composição da herpetofauna, avifauna e mastofauna nessa<br />
área poderá sofrer interferência e alterações.<br />
Sugere-se que especial atenção seja destinada à população de Caiman crocodilus ocorrente<br />
na AID do empreendimento Cachoeira, uma vez que atualmente a espécie já sofre grande<br />
pressão de caça. Nesse sentido, considera-se necessária a adoção de um “Programa de<br />
Monitoramento do Jacaretinga (Caiman crocodilus)”.<br />
Alguns moradores locais também revelaram o hábito de se alimentarem da carne de<br />
Tupinambis quadrilineatus (teiú). É provável que a pressão de caça em relação a esta<br />
espécie aumente, uma vez que será mais fácil encontrar indivíduos devido à diminuição dos<br />
sítios disponíveis para refúgio. Entretanto, como mencionado anteriormente, a caça é<br />
oportunística e as populações de teiú continuam abundantes mesmo com a intensa<br />
perseguição que sofrem ao longo de toda a sua distribuição geográfica.<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV - Planos, Programas e<br />
AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />
Projetos Ambientais<br />
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