CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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acesso, onde a vegetação se apresenta em estágios mais avançados de regeneração<br />
natural, o empreendimento será considerado causador de um impacto. De acordo com as<br />
condições apresentadas pela cobertura vegetal existente nas Áreas de Interferência, sua<br />
magnitude é alta nas atividades destinadas à implantação e muito alta na atividade de<br />
limpeza e desmatamento do reservatório. As medidas são compensatórias, sendo a<br />
responsabilidade do empreendedor.<br />
A fim de minimizar o impacto recomenda-se que haja um critério rigoroso na escolha das<br />
áreas para implantação das instalações provisórias na fase de implantação, optando sempre<br />
por áreas já degradadas ou onde a cobertura vegetal encontra-se descaracterizada por<br />
atividades antrópicas. Para mitigar e/ou compensar os impactos foram elaborados três<br />
programas: (1) Programa de Supressão de vegetação; (2) Programa de Recomposição<br />
Vegetal. Para promover a mitigação e também a compensação deste impacto, são<br />
propostas medidas de recomposição da faixa de proteção ciliar e criação de uma Unidade<br />
de Conservação de responsabilidade do empreendedor. A contratação de mão de obra<br />
gerará um efetivo aumento da pressão antrópica sobre os recursos naturais como um todo,<br />
mas principalmente na fauna e flora de interesse extrativista e econômico.<br />
2.3.2.9. Aumento na Degradação dos Remanescentes de Vegetação<br />
Na região da AHE Castelhano, o empreendimento, através das diversas atividades na área,<br />
irá, em curto, médio e longo prazo, reduzir a riqueza e diversidade e alterar a estrutura dos<br />
remanescentes naturais da área, aumentando seus graus de degradação.<br />
A abertura de estradas e vias facilitará o acesso aos remanescentes de vegetação,<br />
aumentando o trânsito de pessoas e animais domésticos no interior dos fragmentos. O<br />
influxo de trabalhadores para a implantação do empreendimento também aumentará o<br />
trânsito de pessoas pelos remanescentes. Este impacto também será sentido durante a<br />
operação da usina, pois os acessos permanecerão abertos e o reservatório poderá se tornar<br />
um atrativo para a população.<br />
A maior circulação de pessoas pelos fragmentos possibilitará o aumento da extração<br />
seletiva de madeira. Dependendo da intensidade e freqüência com que sejam retirados os<br />
indivíduos, reduções significativas na riqueza, diversidade e estrutura populacional serão<br />
sentidas pela fitocenose local.<br />
O aumento do trânsito de pessoas e de animais domésticos, especialmente o gado, também<br />
promoverá alteração da composição e estrutura dos fragmentos, diminuindo a riqueza de<br />
espécies, seja por pastejo ou pelo pisoteio das plântulas, resultando na diminuição da<br />
capacidade regenerativa destas áreas.<br />
Principalmente durante a fase de implantação, mas também na operação, haverá aumento<br />
do trânsito de veículos e maquinários. A movimentação de terras e o próprio tráfego de<br />
veículos proporcionarão um aumento da emissão de particulados, que, assentados sobre as<br />
superfícies vegetais, especialmente aquelas fotossintetizantes, poderão prejudicar as<br />
funções fisiológicas das plantas. A poeira depositada sobre as folhas reduz a quantidade de<br />
radiação que atinge os pigmentos fotossintetizantes, reduzindo a taxa fotossintética. Com<br />
essa diminuição, as plantas têm seu metabolismo reduzido, prejudicando, dentre outras<br />
coisas, a produção de flores e frutos, que tem alta demanda de recursos.<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV - Planos, Programas e<br />
AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />
Projetos Ambientais<br />
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