16.08.2013 Views

CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama

CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama

CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Quadro 1.3-1 AID <strong>CASTELHANO</strong> – QUALIDADE AMBIENTAL<br />

Clima<br />

ATRIBUTOS<br />

Meios Físico e Biótico Meio Socioeconômico<br />

Em toda a região, clima seco do tipo<br />

sub-úmido e semi-árido. Temperatura<br />

máxima média mensal entre 30,8ºC e<br />

35,7ºC; mínima média mensal entre<br />

20,9ºC e 22,8ºC.<br />

Estação seca (junho-agosto) e chuvosa<br />

(dezembro-abril) definidas com médias,<br />

respectivamente, inferiores a 11 mm<br />

mensais e de 75-297 mm mensais.<br />

Totais anuais variando entre 740 e<br />

1.280 mm.<br />

Balanço hídrico com excedentes<br />

sazonalmente concentrados em curtos<br />

períodos (de janeiro a abril), típico de<br />

climas secos.<br />

Geologia<br />

Feição 1: assentada sobre a Formação<br />

Poti (arenitos rosa-arroxeados, folhelho<br />

vermelho e calcário esbranquiçado)<br />

limitados, a norte, pela Formação<br />

Pedra de Fogo (sílex e calcário,<br />

intercalado com arenito, folhelho e<br />

anidrita). Na extremidade meridional<br />

(margem direita), ocorrência de<br />

basaltos diabásicos (Formação<br />

Sardinha).<br />

Feição 2: Formação Poti associada aos<br />

principais vales, delimitada pela<br />

Formação Pedra de Fogo; a noroeste,<br />

Formação Corda (arenitos cinzaesbranquiçados<br />

a vermelhos, raros<br />

níveis de sílex).<br />

Feição 3: predomínio, nos dois terços<br />

meridionais, da Formação Piauí com<br />

encrave, a sul, da Formação Sardinha.<br />

A norte, delimitando os vales, presença<br />

da Formação Pedra de Fogo.<br />

Geomorfologia<br />

Feição 1: predomínio de formas<br />

erosivas correspondentes a vales com<br />

pedimentos bem conservados que<br />

convergem geralmente sem ruptura de<br />

declividade, para as calhas fluviais. A<br />

noroeste (margem esquerda) e,<br />

localmente, na margem direita,<br />

presença de formas de dissecação.<br />

Rede de Cidades e Infra-estrutura<br />

Viária<br />

Presença de quatro sedes municipais –<br />

Parnarama e São Francisco do<br />

Maranhão no estado do Maranhão,<br />

Amarante e Palmeirais no Piauí,<br />

assentados às margens do rio Parnaíba.<br />

Funções urbanas fracas, sendo a região<br />

polarizada por Teresina, a norte e<br />

Floriano, a sul. Presença de inúmeros<br />

núcleos rurais e povoados assentados<br />

ao longo do rio Parnaíba.<br />

Rede viária<br />

Em grande parte precária, mas com<br />

rodovias de ligação regional; a PI-130,<br />

que interliga as sedes municipais da<br />

região e Teresina, acompanha a<br />

margem direita do rio Parnaíba (Feição<br />

1).<br />

Características da Ocupação<br />

Baixa densidade de ocupação; usos<br />

agropecuários dispersos na maior parte<br />

da região, destacando-se sua<br />

concentração na planície do rio<br />

Parnaíba (Feição 1), no entorno de<br />

Amarante (Feição 3) e na porção<br />

noroeste do território (Feição 2).<br />

Demografia<br />

De modo geral, baixo grau de<br />

consolidação da base populacional;<br />

baixa atratividade na região como um<br />

todo.<br />

Qualidade de vida<br />

Baixa oferta de serviços públicos, no<br />

tocante a atendimento por serviços<br />

sociais (educação/saúde) e infraestruturas<br />

básicas. Altos índices de<br />

mortalidade infantil; incidência de<br />

doenças parasitárias e infecciosas,<br />

indicativas de carência de serviços<br />

básicos nos núcleos urbanos.<br />

Carências nas condições de<br />

atendimento, precariedade de<br />

instalações e deficiência do corpo<br />

médico e de apoio. Nível de<br />

escolaridade baixo, apesar da melhoria<br />

no ensino fundamental verificada no<br />

último decênio. Condições mais<br />

precárias na zona rural (escolas<br />

multisseriais, falta de transporte,<br />

precariedade de recursos didáticos)<br />

com altas taxas de analfabetismo,<br />

Projeto Parnaíba AHE Castelhano <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume IV – Análise Integrada, Impactos, Prognósticos e Planos Ambientais 1-20<br />

POTENCIALIDADES FRAGILIDADES (Restrições ao Uso)<br />

O vale dos rios Parnaíba e Canindé<br />

(Feição 1) e áreas descontínuas das<br />

Feições 2 e 3 têm aptidão restrita para<br />

lavouras nos níveis de manejo A, B e C.<br />

Esta aptidão está associada aos tipos<br />

de solos existentes, à má distribuição<br />

pluviométrica, à reduzida fertilidade<br />

natural (Latossolos), à ocorrência de<br />

problemas de drenagem natural<br />

(Neossolos). Terras com potencial<br />

razoável para culturas de ciclo curto e<br />

algumas de ciclo longo (frutíferas).<br />

- Na região, os recursos minerais<br />

potenciais são as argilas comuns e as<br />

argilas plásticas (Palmeirais), calcário<br />

(São Francisco do Maranhão), caulim<br />

(Palmeirais), que podem ser<br />

empregados na indústria de cerâmica e<br />

na construção civil; os calcários, na<br />

indústria de cimento e como corretivo de<br />

solos ácidos. Há registro de 20 áreas de<br />

direitos minerários.<br />

- Presença de potencial arqueológico.<br />

- Delimitando o vale do rio Parnaíba e<br />

seus afluentes, inclusive o rio Canindé e,<br />

de modo geral, com grande expressão em<br />

toda a região, ocorrem áreas não aptas ao<br />

uso agrícola (Neossolos litólicos) em<br />

relevo ondulado e montanhoso. As<br />

limitações são propiciadas pelo relevo<br />

acidentado, pequena profundidade dos<br />

solos e conseqüente susceptibilidade à<br />

erosão. Locais com vocação para<br />

preservação da flora e fauna.<br />

- Infra-estrutura viária, de serviços e<br />

equipamentos sociais insatisfatórias. Rede<br />

urbana pouco estruturada, com funções<br />

urbanas apenas locais, dependentes de<br />

centros urbanos mais equipados.<br />

- Predomínio de atividades primárias<br />

desenvolvidas com técnicas tradicionais,<br />

com baixa produtividade e muito baixa<br />

capitalização.<br />

- Estrutura fundiária altamente<br />

concentrada, destacando-se entretanto o<br />

predomínio de pequenas propriedades na<br />

ADA (Feição 1).<br />

QUALIDADE AMBIENTAL ATUAL E<br />

TENDÊNCIAS EVOLUTIVAS<br />

Qualidade das águas<br />

Atualmente satisfatória; em situações<br />

localizadas, indícios de contaminação<br />

por esgoto. A qualidade tenderá a<br />

piorar, em decorrência do aumento da<br />

população, dos usos consuntivos, e da<br />

expansão das áreas agrícolas, que<br />

deverá propiciar um incremento da<br />

carga difusa. As baixas vazões nos<br />

períodos de estiagem podem ser<br />

responsáveis pela concentração de<br />

poluentes orgânicos. Os maiores<br />

problemas deverão concentrar-se junto<br />

aos núcleos urbanos ribeirinhos –<br />

Palmeirais, Amarante, São Francisco<br />

do Maranhão, onde a disponibilidade<br />

hídrica pode não assimilar a<br />

autodepuração destes poluentes.<br />

Quanto ao transporte de sedimentos, a<br />

tendência natural, no contexto da bacia,<br />

é reduzida pela presença do<br />

reservatório de Boa Esperança, que<br />

retém uma parcela considerável dos<br />

sedimentos afluentes.<br />

Não são esperadas alterações<br />

significativas nos ecossistemas<br />

aquáticos e áreas de reprodução, além<br />

das advindas da paulatina piora da<br />

água junto às aglomerações urbanas.<br />

A vulnerabilidade a processos erosivos<br />

tende a não sofrer pioras significativas,<br />

visto sua estreita relação com o<br />

revestimento vegetal e a pequena<br />

expectativa de alteração deste, pela<br />

expansão de áreas agrícolas.<br />

A cobertura vegetal na AID não sofrerá<br />

alterações significativas nos próximos<br />

anos, visto o baixo dinamismo das<br />

atividades agrícolas. Mesmo para os<br />

ambientes ribeirinhos, a tendência de<br />

melhoria da gestão ambiental e a maior<br />

conscientização e organização da<br />

sociedade para a conservação destas<br />

áreas, fazem prever uma menor<br />

pressão sobre estes ambientes.<br />

Quanto à Fauna terrestre e Ictiofauna,<br />

não são previstas alterações<br />

significativas, a não ser pela maior<br />

pressão por caça e pesca predatórias.<br />

Quanto aos aspectos da Ocupação<br />

SITUAÇÃO ESPERADA FRENTE A<br />

IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO<br />

A região delimitada como Feição 1 é a que<br />

receberá as maiores interferências<br />

decorrentes da implantação do<br />

empreendimento. Estas interferências deverão<br />

ocorrer em todos os fatores ambientais<br />

analisados, contemplando alterações no<br />

micro-clima local, diferentes comportamentos<br />

dos terrenos a serem inundados, conforme<br />

suas características; perda de vegetação e de<br />

áreas agrícolas; necessidade de relocação de<br />

famílias; interferências em áreas urbanas;<br />

alteração significativa nos aspectos da<br />

paisagem e culturais; possível interferência<br />

em sítios arqueológicos.<br />

Nas regiões delimitadas pelas Feições 2 e 3,<br />

não deverá ocorrer interferência direta do<br />

reservatório quanto aos aspectos do meio<br />

físico e biótico, pois a região encontra-se<br />

afastada da área de inundação e dos locais de<br />

apoio às obras. Nestas regiões poderão estar<br />

localizadas áreas de empréstimo e jazidas.<br />

No decorrer do período construtivo poderá<br />

verificar-se uma diminuição na taxa de<br />

ocupação da força de trabalho disponível, e<br />

uma circulação acrescida da massa salarial,<br />

com uma dinamização das atividades locais.<br />

Considerando a Feição 1, que corresponde ao<br />

entorno do rio Parnaíba, região a ser<br />

diretamente afetada pelo empreendimento, as<br />

interferências esperadas correspondem a:<br />

Meios Físico e Biótico<br />

Recursos Hídricos e Comunidades Aquáticas<br />

Haverá a mudança, com a formação do<br />

reservatório, do ambiente lótico do rio para um<br />

ambiente lêntico, de rio-lago, com alterações<br />

nas características físicas, químicas e<br />

biológicas dos ecossistemas aquáticos.<br />

O barramento deverá constituir espelho<br />

d’água com cerca de 94 km de extensão.<br />

O pequeno tempo de residência das águas<br />

previsto para o reservatório Castelhano – 8<br />

dias - o classifica como rio, reduzindo<br />

alterações nas concentrações médias de OD e<br />

nas concentrações de Fósforo Total.<br />

- Quanto ao transporte de sedimentos, os<br />

impactos não serão relevantes, visto a<br />

retenção propiciada pelo reservatório de Boa<br />

Esperança e dos AHEs planejados a montante<br />

(Cachoeira e Estreito), que deverá servir como

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!