CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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saturação. Os valores apresentados indicam uma forte tendência de redução nas<br />
concentrações médias do Fósforo Total, assinalando uma variação sazonal entre 3,0 e 82<br />
mg/L.<br />
Nestas condições, verifica-se que os aproveitamentos de Ribeiro Gonçalves e Uruçuí,<br />
apresentam as maiores taxas de Fósforo Total, com uma tendência de decréscimo à medida<br />
que se dirige para jusante. No Reservatório de Boa Esperança as concentrações do Fósforo<br />
Total sofrem forte abatimento em função do pequeno aporte advindo dos cursos tributários<br />
laterais. Esta situação se propaga para os reservatórios situados a jusante. Os<br />
aproveitamentos de Cachoeira, Estreito e Castelhano, acompanham as características<br />
observadas em Boa Esperança, devido às reduzidas contribuições provenientes das bacias<br />
laterais e principalmente ao fato destes reservatórios apresentarem baixo tempo de<br />
residência, assemelhando-se mais ao comportamento de rio.<br />
Alteração na Dinâmica de Transporte de Sedimentos<br />
Os cursos d’água naturais apresentam um equilíbrio em relação ao transporte de<br />
sedimentos. Quando da implantação de um reservatório, este equilíbrio é alterado. Ao<br />
encontrar águas com menor velocidade, o fluxo natural de sedimentos sofre modificações<br />
com a deposição dos sedimentos, num processo que se inicia pelas partículas mais<br />
pesadas.<br />
As alterações observadas no comportamento sedimentométrico refletem-se no ganho<br />
substancial de vida útil dos empreendimentos hidrelétricos, quando de forma sinérgica e<br />
acumulativa é analisada a presença da cascata de empreendimentos. Nesta condição, as<br />
retenções de descarga sólida promovidas pelos aproveitamentos de montante beneficiam os<br />
de jusante e os reservatórios afetados são aqueles situados nas porções mais elevadas da<br />
partição de queda.<br />
As análises sedimentométricas realizadas para a bacia consideraram sua evolução e sua<br />
interface com a produção de sedimentos ao longo do tempo, procurando correlacionar a<br />
causa e o efeito desta dinâmica dentro do contexto dos cenários considerados para a bacia<br />
do rio Parnaíba, com e sem a presença dos reservatórios.<br />
Nestas condições foram analisados cenários alternativos, retratando as condições atuais<br />
(2006) e cenários futuros com e sem a implantação dos empreendimentos hidroelétricos<br />
planejados.<br />
Neste cenário de Médio Prazo, é considerada a nova dinâmica decorrentes das retenções<br />
promovidas pelos reservatórios da cascata respectivamente: Ribeiro Gonçalves, Uruçuí,<br />
Cachoeira, Estreito e Castelhano.<br />
Enquanto no cenário atual Boa Esperança retém cerca de 95% dos sedimentos, em 2015 os<br />
empreendimentos a montante irão reter em Ribeiro Gonçalves 97% e em Uruçuí 94%; os<br />
empreendimentos a jusante terão uma retenção de sedimentos menor, sendo de 58% em<br />
Cachoeira, 60% em Estreito e 65% em Castelhano.<br />
Verifica-se que os reservatórios a montante de Boa Esperança são os que apresentam<br />
maior capacidade de retenção de sedimentos. Os reservatórios de jusante, incluindo<br />
Estreito, podem ser classificados como sendo de baixa capacidade de retenção, em função<br />
dos baixos valores do tempo de residência da água, que variam de 6 a 9 dias,<br />
caracterizando-os mais como ambiente de rio do que propriamente de reservatório.<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV – Análise Integrada,<br />
AHE Castelhano <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />
Impactos, Prognósticos e Planos<br />
Ambientais<br />
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