CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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A submersão parcial das encostas, a elevação do nível freático e suas oscilações e o<br />
embate de ondas favorecem o desenvolvimento de novos processos de desestabilização de<br />
encostas ou a reativação de outros já atuantes, com a ocorrência de deslizamentos devido à<br />
redução da resistência dos componentes das unidades geológico-geotécnicas mais<br />
susceptíveis a escorregamentos.<br />
As ações de relocação de estradas e acessos podem também contribuir para geração de<br />
processos erosivos e de desestabilização. A elevação do nível d’água pode provocar<br />
colapso em barrancos sustentados por aluviões da planície de inundação e terraços, através<br />
do descalçamento de níveis limonitizados.<br />
A subida do lençol freático e suas variações durante a operação da usina podem também<br />
provocar fenômenos de expansão, os quais podem ocorrer preferencialmente nos solos<br />
originados da alteração de folhelhos, siltitos e margas calcárias, devido à possibilidade da<br />
presença de argilo-minerais nesses solos, alguns denotando o fenômeno de expansividade.<br />
Ainda não foram localizadas de modo definitivo as áreas onde haverá necessidade de<br />
tratamento, sendo que a definição de seu comportamento requer a elaboração de um<br />
programa de caracterização geológico-geotécnica e de monitoramento constante.<br />
4.3.2.2. Objetivos<br />
O objetivo do presente programa é o de detalhar o potencial de mobilidade, as condições de<br />
estabilidade e a susceptibilidade a fenômenos de colapso e expansão de solos em locais<br />
pré-identificados. Esses locais correspondem às margens do lago com declividades altas,<br />
maiores que 25%. Nas áreas com possibilidade de haver interferência do reservatório com<br />
estradas, poderão ocorrer processos de desestabilização em aterros devido à saturação<br />
parcial do corpo de aterros e ao embate de ondas.<br />
Também visa estabelecer o direcionamento de medidas mitigatórias a ser aplicadas na<br />
contenção de encostas marginais ao futuro reservatório e na proteção contra a erosão.<br />
Tendo em vista os fatores acima expostos, esse programa deverá ser integrado, assim, ao<br />
Programa de Recomposição dos Sistemas de Infraestrutura Regional.<br />
4.3.2.3. Procedimentos Metodológicos<br />
O desenvolvimento do Programa de Monitoramento de Pontos Propensos a<br />
Desestabilização de Encostas e Taludes Marginais envolve as seguintes atividades:<br />
• Designação e contratação de equipe técnica para detalhamento do programa,<br />
acompanhamento da sua execução e desenvolvimento e análise e interpretação dos<br />
seus resultados;<br />
• Detalhamento do programa de monitoramento e estabilização e controle de erosão nas<br />
encostas;<br />
• Contratação de empreiteiro para execução das investigações de campo;<br />
• Execução das investigações de campo, instalação de instrumentação e realização de<br />
ensaios de laboratório;<br />
• Execução de foto-interpretação e de mapeamento geológico-geotécnico,<br />
acompanhamento das investigações de campo e interpretação dos resultados;<br />
Projeto Parnaíba AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />
Volume IV - Planos, Programas e<br />
Projetos Ambientais<br />
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