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CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama

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As espécies de hábitos semi-aquáticos registradas provavelmente sofrerão pouco com o<br />

represamento do rio. O Rio Parnaíba, ao longo do empreendimento apresenta-se com<br />

correnteza e profundidade relativamente constantes, sem quedas naturais ou corredeiras.<br />

Desta forma, o represamento não irá alterar drasticamente o ambiente utilizado por estes<br />

animais. Entre as espécies com hábitos semi-aquáticos registrados na área do<br />

empreendimento, apenas a paca (Agouti paca) tem presença constante e mostra-se<br />

relativamente abundante. Talvez esta seja a espécie mais afetada pela modificação no leito<br />

do rio já que tem suas tocas associadas aos barrancos da calha do mesmo. Já a lontra<br />

(Lontra longicaudis) e a capivara (Hydrochaeris hydrochaeris) parecem muito raras na área<br />

a ser abrangida pelas hidrelétricas. Ainda assim, são espécies bastante tolerantes a este<br />

tipo de modificação, sendo comuns tanto em ambientes lóticos como lênticos.<br />

Os impactos gerados pela Perda e/ou Alterações de Habitats da Fauna Terrestre ocorrerão<br />

nas seguintes fases: de implantação e operação da infra-estrutura de apoio, de implantação<br />

e operação das obras principais e de enchimento do reservatório.<br />

A redução de habitats é um impacto de alta intensidade, devido à possibilidade de<br />

alterações maiores que a capacidade de recuperação do ambiente. Os fragmentos de mata<br />

amostrados às margens do rio Parnaíba, por exemplo, apresentam condições para a<br />

ocorrência de muitas espécies de répteis e anfíbios, ainda que sejam de natureza<br />

secundária, devido à sua complexidade estrutural e pela ocorrência de corpos d’água<br />

temporários em seu interior. Esse é um tipo de ambiente comum na área de estudo. É um<br />

impacto de abrangência local, de significância crítica e incidência direta. A tendência é de se<br />

manter, devido ao longo tempo de uso do reservatório. É considerado um impacto de<br />

natureza irreversível e de efeito negativo.<br />

Esse impacto poderá ser mitigado com a execução de um “Programa de Reabilitação de<br />

Áreas Degradadas” visando recompor a cobertura vegetal onde houver supressão, após a<br />

desativação do reservatório. A expulsão da fauna associada aos fragmentos de mata e o<br />

desalojamento de indivíduos também demanda um “Programa de Resgate de Fauna”. O<br />

acompanhamento dessas atividades deve ser feito por um biólogo ou veterinário para a<br />

adequada captura e remoção de animais das áreas afetadas, quando for necessário.<br />

Estes impactos serão de natureza negativa, causados diretamente pelo empreendimento.<br />

Tais impactos terão duração permanente, localizados especialmente nas áreas recobertas<br />

de vegetação nativa ou outros ambientes que se constituem habitats da fauna silvestre. Têm<br />

ainda caráter irreversível, com ocorrência certa e imediata, não mensurável. Prevê-se a<br />

adoção das seguintes medidas preventivas, corretivas e compensatórias de média e alta<br />

eficiência: resgate da fauna silvestre, recomposição das áreas de mata ciliar, criação e<br />

gestão de Unidades de Conservação e de outras áreas naturais, recuperação de áreas<br />

degradadas e ainda a efetivação de ações de educação ambiental.<br />

2.3.2.4. Afugentamento da Fauna Terrestre<br />

O impacto Afugentamento da Fauna Terrestre poderá ser verificado durante as fases de<br />

implantação e operação das obras de infra-estrutura de apoio e das obras principais,<br />

enchimento do reservatório e operação da usina, portanto desde a de implantação até a<br />

fase de desmobilização.<br />

As espécies de mamíferos e répteis de médio e grande porte e as aves apresentam boa<br />

capacidade de dispersão. Muitas destas espécies presentes nas áreas que deverão ser<br />

diretamente afetadas pelo barramento do rio provavelmente irão sofrer uma pressão<br />

dispersiva para as áreas adjacentes. Assim, é provável que os animais, principalmente os<br />

Projeto Parnaíba<br />

Volume IV - Planos, Programas e<br />

AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />

Projetos Ambientais<br />

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