CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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imediata. Este impacto não pode ser mensurado. Deverão ser adotadas medidas<br />
preventivas e corretivas de média e alta eficiência: resgate da herpetofauna, a adoção de<br />
um item específico para tratativa deste impacto no Programa de Comunicação Social,<br />
orientando sobre a prevenção ou tratamento de eventuais acidentes. Outra medida<br />
pertinente será o apoio aos órgãos competentes, para adequação dos centros de saúde às<br />
novas demandas.<br />
2.3.2.6. Alteração dos Ambientes Marginais<br />
Após a formação do reservatório e em função da modificação do sistema aquático, assim<br />
como do aumento do nível da água, as formações vegetais alocadas nas margens do futuro<br />
reservatório, sofrerão alterações a médio prazo, principalmente no que diz respeito à sua<br />
composição florística.<br />
Nas futuras margens pode ocorrer a morte de algumas espécies que não suportem a<br />
elevação do nível freático, provocando o aparecimento dos chamados "paliteiros", sendo<br />
lenta e gradativa a sua substituição por outras espécies mais adaptadas às novas condições<br />
de umidade. Embora não haja a formação de um novo solo aluvial, a influência da umidade<br />
é suficiente para causar modificação da composição das florestas marginais, como se<br />
observa claramente em outras barragens já construídas.<br />
Além disso, as variações de nível d’água na faixa compreendida pelas curvas de remanso<br />
do reservatório promoverão alternadamente exposição e submersão do solo, dificultando o<br />
estabelecimento de processos sucessionais. Localmente, onde a variação das cotas de<br />
remanso for mais extensa e propícia para a fixação de espécies aquáticas, subaquáticas e<br />
paludícolas, processos sucessionais poderão se instalar, a partir de propágulos da flora de<br />
montante. Estas variações sazonais de cota das margens ocorrem atualmente ao longo do<br />
rio, porém, com a formação do reservatório, as alterações de nível nas épocas de chuva e<br />
estiagem se darão em locais não habituados a estas flutuações.<br />
As alterações dos níveis de água nas margens podem ocorrer também à jusante do<br />
barramento, considerando-se os períodos de vertimentos na época das cheias. A rápida<br />
elevação dos níveis de água nestas margens poderá comprometer os processos<br />
sucessionais em andamento, fazendo com que a vegetação das margens esteja sempre<br />
retornando a estágios iniciais de regeneração natural. Tal impacto será mais intenso<br />
próximo à saída do vertedouro, reduzindo sua magnitude conforme se avança para jusante,<br />
pois o leito do rio retorna às atuais condições de nível de água.<br />
Analisando-se a extensão da nova margem do futuro lago, o impacto da alteração dos<br />
ambientes marginais pode ser considerado como de natureza negativa, disperso, ocorrendo<br />
a médio prazo após a formação do lago, de grande magnitude, porém de média importância.<br />
O planejamento do desmatamento em áreas localizadas e a recomposição da faixa marginal<br />
de proteção do futuro lago, com a utilização de espécies adaptadas às oscilações do nível<br />
de água, podem mitigar este impacto.<br />
2.3.2.7. Proliferação de Vetores de Doenças<br />
Na região da UHE Castelhano os vetores de interesse médico são em sua maioria<br />
compostos por insetos e morcegos.<br />
No que se refere aos vetores entomológicos em geral, o empreendimento resultará no<br />
aumento da densidade populacional, em canteiros de obras e vilas residenciais, que poderá<br />
originar os seguintes eventos impactantes: chegada de indivíduos já contaminados por<br />
doenças endêmicas transmissíveis por vetores de interesse médico, geração e acúmulo de<br />
lixo e dejetos, instalação de caixas d’água e cacimbas, que podem ser ambientes<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV - Planos, Programas e<br />
AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />
Projetos Ambientais<br />
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