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CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama

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observando-se, no entanto, um reduzido consumo por habitante, devido ao baixo nível de<br />

renda da população.<br />

Os municípios maranhenses - Parnarama e São Francisco do Maranhão - são os que<br />

apresentam a pior situação em relação à cobertura do sistema de abastecimento de água<br />

através de rede geral, tanto na área urbana (não chega a 30% dos domicílios) como na área<br />

rural, onde essa cobertura não chega a 6%. A situação mais crítica é a do município de São<br />

Francisco do Maranhão (MA) onde mais de 50% dos domicílios urbanos praticamente<br />

consumem a água sem um tratamento adequado.<br />

No que se refere à cobertura do esgotamento sanitário, o percentual de domicílios ligados a<br />

rede de esgoto ou pluvial é praticamente inexpressivo. Os casos mais críticos são<br />

observados nos municípios maranhenses, onde mais de 70% dos domicílios não<br />

apresentam banheiro nem sanitário.<br />

Em relação à coleta, tratamento e destinação final do lixo, cabe destacar a situação de São<br />

Francisco do Maranhão, em que menos de 0,5% dos domicílios particulares urbanos são<br />

atendidos pelo sistema de coleta público, ou seja, praticamente inexiste esse tipo de serviço<br />

na área urbana do município, sendo o lixo depositado em terrenos. Mesmo no município de<br />

Amarante, essa situação não é melhor. Apenas cerca de 2% dos domicílios são atendidos<br />

pelo serviço de coleta do lixo. Assim, a disposição final dos resíduos sólidos é caracterizada<br />

em todos os municípios da AID por grandes e pequenos depósitos de lixo a céu aberto, sem<br />

qualquer tipo de controle ou tratamento.<br />

Quanto à energia, cabe destacar, no caso de São Francisco do Maranhão, que das onze<br />

localidades ou aglomerados rurais existentes, apenas três dispõe de fornecimento de<br />

energia.<br />

d) Organização Social<br />

Na região, atuam cooperativas, associações e sindicatos das mais diferentes abrangências. As<br />

associações, sejam para finalidades sociais ou econômicas, são criadas atreladas e sob<br />

inspiração de lideranças políticas locais, todas com pequena ressonância entre a população.<br />

Também são encontradas organizações estruturadas para receberem recursos federais ou<br />

de outras fontes (estaduais ou internacionais) como aquelas formadas a partir do Programa<br />

de Combate à Pobreza Rural – PCPR, programa estadual parcialmente financiado com<br />

recursos do Banco Mundial, além da instituição de Conselhos Municipais por força de leis<br />

específicas, como aquelas que regulam a prestação de serviços públicos na área de saúde<br />

e educação.<br />

Os principais conflitos sociais estão relacionados à questão fundiária: utilização do sistema<br />

de arrendamento ou parceria, dado que a maioria dos pequenos agricultores não possui<br />

terra; falta de título de posse da maioria dos agricultores familiares, o que tem dificultado a<br />

obtenção de crédito junto às instituições financeiras; grandes propriedades rurais<br />

concentradas nas mãos de poucos proprietários; pouca terra disponível para arrendamento<br />

aos pequenos agricultores; áreas de chapada ocupadas pela agricultura empresarial;<br />

pequenos e grandes produtores ocupando terras devolutas do estado, sem título de<br />

concessão; processos de grilagem de terra; presença de muitos assentamentos sem infraestrutura<br />

básica (abastecimento de água, energia e estradas) e sem uma assistência técnica<br />

sistemática; expulsão de pequenos produtores do campo para implantação de grandes<br />

projetos produtivos; inexistência de assentamentos em São Francisco do Maranhão; ainda,<br />

Projeto Parnaíba<br />

Volume IV – Análise Integrada,<br />

AHE Castelhano <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Impactos, Prognósticos e Planos<br />

Ambientais<br />

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