CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O maior contingente populacional a ser afetado é no município de Palmeirais, onde será<br />
atingida ocupação ribeirinha do Riacho dos Negros e de inúmeros outros núcleos rurais<br />
(Castelhano, Vitória, Mescla, Corrente), afetando, além das edificações residenciais,<br />
equipamentos públicos e de uso coletivo (igrejas, escolas, posto de saúde e outros).<br />
Trata-se de uma população com baixo grau de escolaridade (a maior parte dos chefes de<br />
família tem nível fundamental incompleto), a maioria declarou-se trabalhador rural ou<br />
aposentado, tendo sido observada participação significativa de servidores públicos. Há<br />
também contingente que migra sazonalmente e desenvolve atividades fora da região.<br />
O perfil da renda familiar é baixo, predominando as famílias com rendimentos inferiores a<br />
um salário mínimo.<br />
A maioria dos entrevistados declara ser proprietário ou detentor de título de posse.<br />
As edificações são de alvenaria e taipa, esta predominando na zona rural.<br />
A maioria dos moradores (tanto em zonas urbanas como rurais) reside na propriedade há<br />
mais de vinte anos, revelando uma situação de ocupação consolidada.<br />
As condições das infra-estruturas básicas não diferem das analisadas no âmbito da AID:<br />
cerca de metade do universo entrevistado afirma ter instalações sanitárias (internas ou<br />
externas à moradia); tem acesso à água, por rede de distribuição ou poço artesiano, mas a<br />
grande maioria dos domicílios não dispõe de sistema de saneamento; a disponibilidade de<br />
energia elétrica é precária; a coleta pública de lixo atende menos da metade da população.<br />
O associativismo é muito frágil, sem lideranças expressivas.<br />
Na ocupação rural predominam as pequenas propriedades, com área inferior a 5 ha (85%<br />
do total); há pequena porcentagem com área entre 15 e 20 ha (2,3%) e apenas uma com<br />
área superior a 100 ha. A maior incidência é de arrendatários, seguido por proprietários. A<br />
maioria dos entrevistados não reside na propriedade.<br />
O uso mais expressivo das terras é o plantio de culturas de ciclo curto, voltado para a<br />
sobrevivência familiar (mandioca, milho, feijão); é também presente a pecuária, sempre de<br />
porte familiar. Esta agropecuária de subsistência desempenha papel fundamental para a<br />
sobrevivência da maior parte das famílias, assim como a pesca para o auto-consumo.<br />
Os usos do rio pela população ribeirinha resumem-se a atividades cotidianas, como lavagem<br />
de roupa, pescaria (geralmente informal), para uso na agricultura e o lazer. A interação da<br />
população neste ambiente consolidou uma identidade cultural própria e um conjunto de<br />
formas de expressão e de representação relacionadas ao rio.<br />
1.3. Caracterização Ambiental da Região<br />
Com base na correlação dos principais atributos dos meios físico, biótico e sócio-econômico,<br />
foram definidas zonas com características homogêneas, delimitadas na Figura 1.3-1 a seguir.<br />
Nos fatores ambientais determinantes na delimitação destas zonas, predominaram os<br />
aspectos do meio físico (hidrologia, geomorfologia), secundados pelo uso e ocupação do<br />
solo e aspectos sócio-econômicos. Os aspectos bióticos (Flora e Fauna) foram secundários<br />
nesta delimitação, visto a relativa homogeneidade de sua distribuição no território,<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV – Análise Integrada,<br />
AHE Castelhano <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />
Impactos, Prognósticos e Planos<br />
Ambientais<br />
1-17