CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Dentre as conseqüências que o enchimento do reservatório poderá provocar podem ser<br />
destacados: a perda das terras agriculturáveis, principalmente para culturas de vazante e<br />
pecuária; o uso predatório da água do reservatório e de suas margens; o seccionamento de<br />
imóveis rurais, muitas vezes inviabilizando a sua utilização produtiva; a perda de atividades<br />
produtivas já existentes; a perda de renda e fontes de sustento; a interferência nas<br />
captações e no uso da água para abastecimento humano; a dessedentização de animais e<br />
irrigação.<br />
Todas essas conseqüências exigirão dos municípios a competência preponderante para<br />
dispor sobre a política e a legislação que estabeleçam o ordenamento territorial das<br />
margens do reservatório. Somente dessa maneira será possível garantir para os cidadãos o<br />
direito a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes da instalação do<br />
empreendimento.<br />
2.3.3.25. Possibilidade de Aumentar a produção agrícola decorrente da disponibilidade<br />
de água no lago para irrigação.<br />
Trata-se de mais um impacto positivo decorrente da implantação do empreendimento: a<br />
disponibilidade de água com a formação do reservatório amplia a possibilidade de outros<br />
usos múltiplos, especialmente a possibilidade de promover a agricultura irrigada na região.<br />
Este processo resultará em notáveis benefícios, dada à deficiência hídrica que ocorre no<br />
período de estiagem nas áreas de influência estudadas. Mais importante ainda que a<br />
irrigação é a possibilidade de fortalecer o sistema de gestão e controle dos recursos hídricos<br />
por parte dos órgãos competentes, visto que o recíproco negativo da agricultura irrigada são<br />
os conflitos pelo uso da água, sendo esta a grande concorrente da geração de<br />
hidroeletricidade.<br />
Nesse sentido, faz-se necessária uma atualização das prioridades e possibilidades desta<br />
gestão, visando equacionar as demandas de cada ator com as disponibilidades hídricas da<br />
região nos diferentes períodos do ano. Além disso, é necessário incorporar integradamente<br />
mananciais superficiais e subterrâneos, identificando e monitorando preventivamente focos<br />
de poluição, preservação de nascentes, zonas de recarga, etc, além de um rigoroso controle<br />
para liberação de outorgas para uso da água superficial e subterrânea.<br />
2.3.3.26. Perda de renda e postos de trabalho.<br />
A desmobilização da mão de obra ao término de todo o Empreendimento trará como<br />
principal conseqüência a falta de emprego para os trabalhadores envolvidos. Entretanto,<br />
além disso, levará à ociosidade de algumas instalações implantadas na região para atender<br />
este contingente populacional adicional.<br />
Paralelamente, haverá perda de rendimento e emprego das pessoas envolvidas nas<br />
atividades de comercialização e prestação de serviços e, portanto, necessidade de<br />
adaptação a uma nova situação, caracterizada principalmente pela diminuição da dinâmica<br />
econômica local. Haverá ainda redução das receitas municipais após o término da obra e<br />
uma provável migração de parte desta população para outros municípios, dada a diminuição<br />
da dinâmica nas atividades econômicas locais.<br />
Além disso, caso os alojamentos sejam construídos em áreas não inundadas, a finalização<br />
das obras poderá ocasionar o abandono desses equipamentos, os quais poderão sofrer<br />
posterior ocupação indevida por parte dos trabalhadores e/ou população local, fomentando a<br />
formação de vilas ou bairros inadequados.<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV - Planos, Programas e<br />
AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />
Projetos Ambientais<br />
2-78