Download - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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CORO TERAPÊUTICO: PROPOSTA PARA CONTRIBUIR PARA O<br />
DESENVOLVIMENTO GLOBAL DA CRIANÇA COM SÍNDROME<br />
DE DOWN - UM PROJETO EM ANDAMENTO<br />
Tônia Gonzaga (<strong>UFG</strong>)<br />
tgonzaga_@hotmail.com<br />
Claudia Regina de Oliveira Zanini (<strong>UFG</strong>)<br />
mtclaudiazanini@gmail.com<br />
Palavras-chave: Musicoterapia coro terapêutico; Síndrome de Down; Fenomenologia existencial.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A deficiência, segundo Souza e Bo<strong>em</strong>er (2003, p. 212) é vista como desumanizadora, retirando<br />
da pessoa a igualdade com as outras, não sendo vista como uma possibilidade existencial,<br />
passível de sentimentos de prazer e satisfação.<br />
Barreiras internas e/ou externas levantam-se diante de todos os seres humanos que apresentam<br />
alguma anormalidade física, psicológica, social, mental, comportamental e outras, natas<br />
ou adquiridas. Em muitos casos, a sociedade responde com a exclusão de tais pessoas, uma vez<br />
que arrogou para si a prerrogativa de estabelecer castas ou elites.<br />
A Síndrome de Down não é um probl<strong>em</strong>a único, contudo apresenta dificuldades características.<br />
Ajudar a criança com Síndrome de Down a conquistar o seu espaço na sociedade vai estimulá-la,<br />
de alguma forma, por estar sendo útil, desenvolvendo ainda a tolerância, a coexistência,<br />
a defesa e o reconhecimento das suas limitações e potencialidades. Esse desenvolvimento, <strong>em</strong>bora<br />
gradativo, é positivo. Para auxiliar nesse desenvolvimento é preciso, além do uso de estímulos¹<br />
adequados e interessantes, não se esquecer de que dentro dessa criança existe um potencial afetivo<br />
que também precisa ser respeitado.<br />
Sabe-se que toda criança com Síndrome de Down constitui-se <strong>em</strong> um ser individual e crescerá<br />
mantendo seus hábitos característicos, suas preferências e suas rejeições. Contudo, a diferença<br />
para um desenvolvimento adequado é determinada pelo t<strong>em</strong>po (SMITH e WILSON, 1976).<br />
Quando trabalhados, os estímulos vão atingir as funções cerebrais, compensando certas deficiências<br />
e ativando o aprendizado que se fez defasado. Essas funções cerebrais trabalham harmoniosamente<br />
para atingir um nível de aptidão adequado para compreender e executar as informações<br />
necessárias (LEFÈVRE, 1988).<br />
O cerceamento social às C.S.D., que por vezes acontece, gera frustrações, decepções, limitações<br />
que as tornam encaramujadas e a falta do conhecimento acaba por deixá-las aprisionadas<br />
no silêncio do seu mundo restrito, s<strong>em</strong> saber<strong>em</strong> que há saídas para tão grande <strong>em</strong>pecilho para que<br />
possam se desenvolver e ser<strong>em</strong> pessoas felizes, desfrutando das mesmas benesses de qualquer ser<br />
humano. A habilidade adquirida na escuta e no fazer musical pode ampliar a capacidade cognitiva<br />
do educando, alimentar mudanças no seu potencial perceptivo, além do que o exercício da música<br />
e do canto <strong>em</strong> conjunto possibilita acessar aquela parte do cérebro que funciona criativa e intuitivamente,<br />
favorecendo novas formas de sentir, pensar, de se expressar (SEKEFF, 2007).<br />
A Musicoterapia pode contribuir para o desenvolvimento da criança com Síndrome de<br />
Down, <strong>em</strong> função de sua capacidade <strong>em</strong> envolver o ser humano. Sendo este afetado e mobilizado<br />
pela música, abre-se uma multiplicidade de aplicações clínicas.<br />
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