Download - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG
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LEITURA E ANÁLISE MUSICOTERAPÊUTICA DA EXPERIÊNCIA<br />
DE COMPOSIÇÃO MUSICAL E SUAS INTERFACES COM O<br />
PSICODRAMA: UM PROJETO DE PESQUISA<br />
Mayara Kelly Alves Ribeiro (<strong>UFG</strong>)<br />
mayara.ribeiromt@gmail.com<br />
Célia Maria Ferreira da Silva Teixeira (<strong>UFG</strong>)<br />
celiaferreira@cultura.com.br<br />
Palavras-chave: ?????<br />
INTRODUÇÃO<br />
A Musicoterapia é uma prática terapêutica na qual se utiliza a música e/ou seus el<strong>em</strong>entos<br />
(melodia, harmonia, ritmo, timbre, entre outros) de forma científica, com objetivo de prevenir e/ou<br />
restaurar a saúde física e/ou <strong>em</strong>ocional do cliente (POCH, 1999; BRUSCIA, 2000).<br />
Assim como a Musicoterapia, o Psicodrama também é uma prática terapêutica, este constitui-se<br />
por um processo de ação e interação tendo como principal núcleo a dramatização (ROJAS-<br />
BERMÚDEZ, 1977). Seus objetivos são voltados principalmente para ajudar o cliente a: vivenciar<br />
situações cotidianas de forma mais viva possível, expressar pensamentos não ditos e aplicar sua<br />
própria criatividade aos desafios de sua vida (BLATNER e BLATNER, 1996).<br />
A Musicoterapia e o Psicodrama possu<strong>em</strong> características específicas que permit<strong>em</strong> distingui-las<br />
com clareza, mas é possível encontrar vários aspectos interdisciplinares entre ambas as<br />
práticas, porém são poucos os estudos com esta perspectiva (MORENO, 2004). Propõe-se então<br />
a presente pesquisa com objetivo de investigar se a teoria psicodramática pode ampliar a compreensão<br />
da expressão do cliente por meio da composição musical no processo musicoterapêutico no<br />
que se refere às etapas de leitura e análise.<br />
Para compreendermos melhor faz-se necessário abordar a experiência de Composição<br />
Musical e as etapas de Leitura e Análise Musicoterapêutica.<br />
São quatro as experiências musicais <strong>em</strong> Musicoterapia prospostas por Bruscia (2000), são<br />
elas: improvisação, recriação, composição e experiências receptivas. Neste estudo destaca-se a experiência<br />
de Composição Musical, descrita por Bruscia (2000, p. 127) como aquela na qual o musicoterapeuta<br />
“ajuda o cliente a escrever canções, letras ou peça instrumentais, ou criar qualquer<br />
tipo de produto como vídeos com música ou fitas de áudio”; onde entre seus objetivos estão promover<br />
a exploração de t<strong>em</strong>as terapêuticos através das letras das canções, desenvolver habilidade<br />
de auto-expressão, de planejamento e organização.<br />
É necessário que a cada intervenção musicoterapêutica se faça a leitura e análise da mesma.<br />
Segundo Silva-Júnior e Craveiro de Sá (2007) a leitura e análise musicoterapêutica são fases<br />
da sessão que ocorr<strong>em</strong> de forma seqüencial, sendo a primeira uma etapa na qual são ditos, escritos,<br />
explicados e compartilhados os acontecimentos de uma sessão e a segunda, aquela <strong>em</strong> que<br />
os eventos desta são analisados.<br />
Na prática da psicoterapia, seja ela ligada ou não a Musicoterapia (Musicoterapia,<br />
BRUSCIA, 2000) é necessário que o profissional tenha domínio das técnicas utilizadas sabendo<br />
quais aspectos pod<strong>em</strong> ser evidenciados com a utilização da mesma e que benefício esta pode trazer<br />
ao seu cliente. Visto que, quanto mais aspectos puder<strong>em</strong> ser observados pelo profissional maior<br />
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Anais do XII S<strong>em</strong>p<strong>em</strong>