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Download - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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usca investigar a relação de professores e estudantes com a avaliação do aprendizado <strong>em</strong> seus<br />

instrumentos mediante recital público.<br />

A PERFORMANCE INSTRUMENTAL NA FORMAÇÃO DO MÚSICO<br />

O intérprete deve possuir fluência na leitura do código musical, elevada capacidade de<br />

análise, substancial conhecimento de forma, domínio de harmonia e contraponto, b<strong>em</strong> como estar<br />

familiarizado com aspectos históricos, estilísticos e com detalhes da vida e obra do compositor<br />

executado. Para além do conhecimento específico de cada um dos tópicos elencados é fundamental<br />

que o músico seja capaz de utilizá-los de maneira transversal. Ele deve ser capaz de<br />

tecer relações entre os saberes específicos, encontrar interfaces de maneira a enriquecer sua capacidade<br />

expressiva e ampliar sua criatividade, um conjunto de ferramentas indispensáveis ao fazer<br />

musical.<br />

Contudo, o domínio exclusivo delas não é suficiente para que o processo de formação do<br />

músico se complete. Para tal, é necessário que o aluno experimente a situação real do fazer artístico,<br />

confrontando-se com os estados <strong>em</strong>ocionais e eventuais situações que prejudiqu<strong>em</strong> seu des<strong>em</strong>penho.<br />

É por intermédio do confronto com a situação real que a formação do músico intérprete<br />

se completa.<br />

O músico intérprete torna-se artista, capaz de articular conhecimentos teóricos de diversas<br />

ordens e colocá-los à sua disposição como subsídios para uma reflexão profunda a respeito<br />

da obra e uma performance criativa. Para isso, o ensino superior de música deve, por conseguinte,<br />

superar o treinamento técnico do instrumentista, mas s<strong>em</strong> desprezá-lo. Nesse sentido, Coelho<br />

afirma que:<br />

Escola, universidade, faculdade e formação superior, entretanto, são realidades mais amplas,<br />

cujo sentido se realiza e se afirma no livre cultivo do pensamento, da investigação, do ensino<br />

e da aprendizag<strong>em</strong>, na inserção rigorosa e crítica de jovens e adultos no universo das letras,<br />

das artes, da filosofia, das ciências e da tecnologia, na formação de estudantes e professores<br />

como seres capazes de pensar e recriar as ideias e a prática <strong>em</strong> todas as áreas e<br />

dimensões e de contribuir para a humanização dos homens e mulheres de todas culturas,<br />

b<strong>em</strong> como de formar investigadores responsáveis pelo presente e o futuro da humanidade.<br />

(COELHO, 1996)<br />

O conhecimento técnico deve ser tanto mais profundo quanto mais amplo deve ser o estímulo<br />

ao fazer artístico. É imprescindível que o ensino universitário estimule práticas de aprendizado<br />

dessa natureza. No ambiente da acad<strong>em</strong>ia e das ciências que professores e estudantes se confrontam<br />

com um processo de avaliação único na acad<strong>em</strong>ia.<br />

A ÁREA DE SOPROS E PERCUSSÃO DA ESCOLA DE MÚSICA E ARTES CÊNICAS DA<br />

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS<br />

A área de Sopros e Percussão da EMAC/<strong>UFG</strong> oferta os seguintes instrumentos: Clarineta,<br />

Saxofone, Flauta doce, Flauta transversal, Trombone, Trompete, Bateria e Percussão.<br />

50% dos professores têm, entre cinco e dez anos de experiência com avaliação de recitais,<br />

com experiências internacionais e carreiras musicais sólidas. A experiência profissional se reflete<br />

na confiança do recital como ferramenta para avaliação do aprendizado do estudante durante<br />

um s<strong>em</strong>estre. Em uma escala de 1 – confiança mínima até 5 – confiança máxima, observamos<br />

que os avaliados se situam na faixa de confiança da ferramenta de avaliação. Nenhum dos pesquisados<br />

d<strong>em</strong>onstrou confiança mínima.<br />

Os critérios que fundamentam o processo de avaliação mediante recital público são frequent<strong>em</strong>ente<br />

criticados por basear<strong>em</strong>-se apenas nas opiniões pessoais dos avaliadores. Os professores<br />

afirmam que na maioria das vezes estabelec<strong>em</strong> critérios de avaliação (Figura 1). Por outro<br />

lado, 100% dos estudantes desconhec<strong>em</strong> os critérios pelos quais são avaliados, uma falha de comunicação<br />

que nos surpreende devido à relação aluno-professor: um para um.<br />

130<br />

Anais do XII S<strong>em</strong>p<strong>em</strong>

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