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Download - Mestrado em Música e Artes Cênicas - UFG

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EXPLORAÇÕES TIMBRÍSTICAS NO VIBRAFONE:<br />

VISÕES SOB UM PRISMA MULTIFACETADO<br />

Leonardo Labrada (UNESP)<br />

leo.percussao@gmail.com<br />

Carlos Stasi (UNESP)<br />

recostasi@yahoo.com<br />

Palavras-chave: exploração timbrística no vibrafone; técnica estendida; relação compositor-performer.<br />

Introdução<br />

Neste texto será exposta a pesquisa, ainda <strong>em</strong> andamento, que busca estudar as possibilidades<br />

e explorações timbrísticas no vibrafone.<br />

Até o século XIX, a prática composicional enfatizava o trabalho no campo timbrístico como<br />

possibilidades de combinação e justaposição de um conjunto fixo e finito de sons de cada instrumento<br />

musical. Segundo Barros,<br />

O compositor estudava as combinações dos instrumentos que possuíam altura definida e<br />

assim desenvolvia sua própria linguag<strong>em</strong> e identidade. A combinação dos timbres dos instrumentos<br />

se tornou o centro dos estudos e experimentos dos compositores do século XIX.<br />

(BARROS, 2006)<br />

A partir do século XX, houve um novo interesse <strong>em</strong> trabalhar esse campo, trazendo outras<br />

maneiras de lidar com timbre, somadas à prática da orquestração. O timbre passou a ser compreendido<br />

como possibilidade composicional independente, ao passo que a percussão passou a ser<br />

muito mais valorizada, o que levou a grandes conquistas técnicas, tecnológicas e musicais. Foi<br />

descoberto nesse naipe o potencial que veio atender a uma d<strong>em</strong>anda composicional: novos timbres.<br />

As possibilidades eram enormes, incluindo tambores, teclados, pedaços de materiais diversos,<br />

objetos do cotidiano. Conforme disse Varèse,<br />

(...) é preciso enriquecer nosso alfabeto musical. (...) S<strong>em</strong>pre senti nas minhas próprias<br />

obras a necessidade de novos meios de expressão. Recuso me submeter aos sons já ouvidos.<br />

(VARÈSE, 2003)<br />

A exploração timbrística no vibrafone, comumente denominada técnica estendida (ainda<br />

que esta seja apenas uma das possibilidades), se deu de forma bastante intensa a partir da década<br />

de 80 do século XX, frequent<strong>em</strong>ente calcada na relação compositor/intérprete. A presente pesquisa<br />

buscará traçar categorias de exploração timbrística que abarqu<strong>em</strong> de maneira ampla as explorações<br />

encontradas no repertório. Será pesquisado repertório solo e de música de câmara do vibrafone<br />

desde a década de 1960. Conjuntamente, será feito um trabalho com compositores, no qual<br />

serão encomendas peças especialmente para o projeto, estimulando novas explorações no vibrafone<br />

e testando algumas das categorias delineadas.<br />

Justificativa<br />

No momento <strong>em</strong> que os outros instrumentos da orquestra foram mais questionados e assistiram<br />

ao surgimento de novas técnicas (segunda metade do século XX), a percussão se consolida-<br />

86<br />

Anais do XII S<strong>em</strong>p<strong>em</strong>

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