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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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8 1 Tecido ósseo<br />

• Tecido ósseo secundário ou maduro<br />

O tecido ósseo secundário (lamelar) é a variedade geralmente<br />

encontrada no adulto. Sua principal característica<br />

é conter fibras colágenas organizadas em lamelas de 3 a<br />

7 µm de espessura, que ficam paralelas umas às outras ou<br />

se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais<br />

com vasos, formando os sistemas de Havers ou ósteons<br />

(Figuras 8.6 e 8.8). As lacunas que contêm osteócitos estão<br />

em geral situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas<br />

vezes estão dentro delas (Figura 8.8). Em cada lamela, as<br />

fibras colágenas são paralelas umas às outras. Separando<br />

grupos de lamelas, ocorre frequentemente o acúmulo de<br />

uma substância cimentante (Figura 8.8) que consiste em<br />

matriz mineralizada, porém, com pouquíssimo colágeno.<br />

Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organizam<br />

em arranjo típico, constituindo os sistemas de Havers, os<br />

circunferenciais interno e externo e os intermediários<br />

(Figuras 8.6 e 8.9). Esses quatro sistemas são facilmente<br />

identificáveis nos cortes tran~-versais à diáfise. O tecido<br />

ósseo secundário que contém sistemas de Havers é característico<br />

da diáfise dos ossos longos, embora sistemas de<br />

Havers pequenos sejam encontrados no osso compacto de<br />

outros locais.<br />

Cada sistema de Havers ou ósteon é um cilindro longo,<br />

às vezes bifurcado, paralelo à diáfise e formado por 4 a<br />

20 lamelas ósseas concêntricas. No centro desse cilindro<br />

ósseo existe um canal revestido de endósteo, o canal de<br />

Havers, que contém vasos e nervos. Os canais de Havers<br />

comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a<br />

superfície externa de osso por meio de canais transversais<br />

ou oblíquos, os canais de Volkmann (Figura 8.6). Estes se<br />

distinguem dos de Havers por não apresentarem lamelas<br />

ósseas concêntricas. Os canais de Volkmann atravessam<br />

Canal de Havers Lamelas Lacuna Cimento<br />

t<br />

1<br />

Osteócitos<br />

~ Prolongamentos celulares<br />

Figura 8.8 Esquemas que mostram parte de um sistema de Havers e doís osteócitos<br />

(esquerda). Nas lamelas contíguas do sistema de Haver5, as fibras colágenas são cortadas<br />

segundo diferentes incidências, porque têm diferentes orientações (embora isso não apareça<br />

claramente neste diagrama simplificado). Note os numerosos canalículos que estabelecem<br />

comunicação entre as lacunas, onde estão os osteócitos, e com o canal de Havm. As fibras<br />

com cur5o alternado d e uma lamela para outra (ver Figura 8.6) conferem grande resistência<br />

ao osso, sem grande aumento de peso. (Adaptada e reproduzida, com autorização, de leeson<br />

JS, leeson CR: Histology,l'ded. Saundfü, 1970.)<br />

ãs lamelãs ósseas. Todos ós canais vasculàtes existentes no<br />

tecido ósseo aparecem quando a matriz óssea se forma ao<br />

redor dos vasos preexistentes.<br />

Examinando-se com luz polarizada, os sistemas de<br />

Havers mostram alternância de lamelas claras, portanto<br />

Figura 8.9 Fotomicrografia de tecido ósseo lamelar (secundário) no qual as fibrascolágenas podem estar paralelas umas às outras, como na esquerda da figura, formando o sistema<br />

circunferencial externo, ou organizadas em lamelas concêntricas em volta de um canal neurovascular, para constituir os sistemas haver5lanos ou ósteons (na maior parte da fotomíaografia).<br />

Entre os numerosos sistemas de Havers, notam-se algumas lamelas intersticiais. (Médio aumento.)

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