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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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4 1 Tecido Epitelial<br />

células são especializadas em secreção exócrina e outras em<br />

secreção endócrina; no pâncreas, por exemplo, as células<br />

acinosas secretam enzimas digestivas na cavidade intestinal,<br />

enquanto as células das ilhotas de Langerhans secretam<br />

insulina e glucagon no sangue.<br />

As unidades secretoras de algumas glândulas - glândulas<br />

mamárias, sudoríparas e salivares - são envolvidas por<br />

células mioepiteliais. São células ramificadas que contêm<br />

miosina e um grande número de filamentos de actina. Elas<br />

são capazes de contração, agindo na expulsão da secreção<br />

dessas glândulas.<br />

De acordo com o modo pelo qual os produtos de secreção<br />

deixam a célula, as glândulas podem ser classificadas<br />

em merócrinas, holócrinas ou apócrinas. Nas glândulas<br />

merócrinas (p. ex., o pâncreas) a secreção acumulada em<br />

grãos de secreção é liberada pela célula por meio de exocitose,<br />

sem perda de outro material celular. Nas glândulas<br />

holócrinas (p. ex., as glândulas sebáceas) o produto de<br />

secreção é eliminado juntamente com toda a célula, processo<br />

que envolve a destruição das células repletas de secreção.<br />

Um tipo intermediário é a secreção apócrina, encontrada<br />

na glândula mamária, em que o produto de secreção<br />

é descarregado junto com pequenas porções do citoplasma<br />

apical.<br />

As grandes glândulas multicelulares normalmente são<br />

envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo; prolongamentos<br />

da cápsula chamados septos dividem a glândula<br />

em porções menores chamadas lóbulos. Vasos sanguíneos<br />

e nervos penetram a glândula e se subdividem no interior<br />

dos septos. Muitos dos duetos maiores das glândulas também<br />

passam pelos septos.<br />

• Ãànos serosos e túbulos mucosos<br />

Dois tipos de glândulas multicelulares muito comuns e<br />

muito importantes são o ácino seroso e o túbulo mucoso.<br />

Os ácinos serosos são pequenas porções secretoras formadas<br />

por células colunares ou piramidais. Apresentam um<br />

lúmen bastante reduzido, o qual se continua por um dueto<br />

excretor (Figura 4.23). Em cortes são vistos como estruturas<br />

arredondadas ou alongadas, dependendo do ângulo<br />

de corte (Figura 4.24A). Os núcleos das células acinosas<br />

são arredondados e se situam na porção basal da célula<br />

(Figura 4.24B). A região basal das células acinosas contém<br />

muito RNA e se cora bem pela hematoxilina, enquanto a<br />

região apical é ocupada por grãos de secreção e, por essa<br />

razão, cora-se em rosa pela eosina. Mais adiante, será analisado<br />

o processo de secreção dessas células.<br />

Os túbulos mucosos, como o nome indica, são estruturas<br />

alongadas, tubulares, às vezes únicas, às vezes ramificadas<br />

(Figura 4.25). Apresentam um lúmen dilatado que se<br />

continua com um dueto excretor. Suas células são largas,<br />

gerahnente piramidais (Figura 4.26A). Seus núcleos geralmente<br />

têm cromatina condensada e se coram fortemente<br />

pela hematoxilina. Esses núcleos costumam ficar "deitados»<br />

contra a base da célula (Figura 4.26B). Ao contrário das<br />

células acinosas, seu citoplasma é pouco corado, em azulclaro.<br />

Ácino seroso 1 Dueto excretor 1<br />

Ácino seroso 1 Dueto excretor 1<br />

Figura 4.23 Desenho esquemático de um ácino seros-0. O<br />

ácino éarreoondado ou ovoide<br />

e é formado por um número variável de células piramidais. Seus núcleos são esféricos e se<br />

situam na poição basal da célula. A<br />

porção apical da célula contém grãos de secreção. O<br />

lúmen do ácino é estreito e se continua com um estreito dueto exmtor.<br />

Algumas glândulas (p. ex., a glândula salivar submandibular)<br />

são formadas tanto por ácinos serosos como por<br />

túbulos mucosos (Figura 4.22).<br />

.... Biologia dos tecidos epiteliais<br />

Conforme já mencionado, os tecidos epiteliais estão<br />

apoiados sobre um tecido conjuntivo, que serve não só para<br />

sustentar o epitélio, mas também para a sua nutrição, para<br />

trazer substâncias necessárias para as células glandulares<br />

produzirem secreção e para promover adesão do epitélio a<br />

estruturas subjacentes. A área de contato entre o epitélio e a<br />

lâmina própria pode ser aumentada pela existência de uma<br />

interface irregular entre os dois tecidos, sob forma de evaginações<br />

do conjuntivo, chamadas papilas. As papilas existem<br />

com maior frequência em tecidos epiteliais de revestimento<br />

sujeitos a forças mecânicas, como pele, língua e gengiva.<br />

• Polaridade<br />

Em muitas células epiteliais a distribuição de organelas<br />

na porção do citoplasma apoiada na lâmina basal (polo<br />

basal da célula) é diferente das organelas encontradas no

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