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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

Cápsula<br />

Fibras do<br />

cnstalino<br />

----<br />

Figura 23.9 Corte da porção anterior do cristalino. O epitélio subcapsular secreta a cápsula do cristalino, que está corada em vermelho. Essa cápsula é uma membrana basal muito<br />

espessa, que contém colágeno tipo IV e laminlna. Abaixo do epitélio subcapsular se notam as fibras do cristalino, que Ido células multo alongadas e que perderam seus núcleos e suas<br />

organelas, tomando-se estruturas delgadas, alongadas e transparentes. {Picrosirius-hematoxi lina. Médio aumento.)<br />

com raras fibrilas de colágcno. Seu componente principal é<br />

a água (cerca de 99%) e os glicosaminoglicanos altamente<br />

hidrófilos, em especial o ácido hialurônico. O corpo vítreo<br />

contém poucas células, que participam da síntese do material<br />

extracelular.<br />

Retina<br />

A retina origina-se de uma evaginação do diencéfalo que,<br />

à medida que evoluj, aprofunda-se no centro, formando<br />

uma estrutura de paredes duplas, o cálice óptico. A parede<br />

mais externa dá origem a uma delgada camada constituída<br />

por epitélio cúbico simples, com células carregadas de pigmento,<br />

o epitélio pigmentar da retina. Os fotorreceptores<br />

e todo o restante da retina têm origem na parede interna<br />

do cálice óptico. A camada pigmentar da retina adere fortemente<br />

à coroide, mas prende-se fracamente à camada<br />

fotossensível (interna).<br />

O epitélio pigmentar é constituído por células cúbicas<br />

com núcleo em posição basal. A região basal dessas células<br />

se prende fortemente à membrana de Bruch e apresenta<br />

invaginações da membrana plasmática e muitas mitocôndrias,<br />

o que sugere forte atividade de transporte iônico.<br />

O ápice celular apresenta dois tipos de prolongamentos:<br />

microvilos delgados e abundantes e bainhas cilíndricas que<br />

envolvem a extremidade dos fotorreceptores.<br />

.;. 0<br />

<strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Os descolamentos da retina. processos observados com certa frequência,<br />

ocorrem na região de contato do epitélio pigmentar com a camada<br />

fotossensível, em razão da precária união das camadas celulares nesse<br />

loc.il. Esse descolamento prejudica a visão e pode tomar-se grave caso<br />

não seja tratado com urgência.<br />

O citoplasma das células pigmentares contém abundante<br />

retículo endoplasmático liso, o que tem sido relacionado<br />

com os processos de transporte e esterificação da vitamina<br />

A usada pelos fotorreceptores. As células pigmentares sintetizam<br />

melaruna, que se acumula sob a forma de grânulos,<br />

principalmente nas extensões citoplasmáticas, com a fun ­<br />

ção de absorver a luz que estimulou os fotorreceptores.<br />

Além das três funções anteriormente mencionadas, a<br />

célula pigmentar apresenta no seu ápice lisossomos secundários<br />

resultantes do processo de fagocitose e digestão dos<br />

fragmentos das extremidades dos bastonetes. A estrutura<br />

dos bastonetes e o processo de desprendimento de fragmentos<br />

de seus ápices serão estudados logo adiante.<br />

A parte da retina situada na região posterior do globo<br />

ocular apresenta, de fora para dentro, as seguintes camadas:<br />

• Camada das células fotossensitivas, os cones e os bastonetes<br />

(Figuras 23.10 e 23.11)<br />

• Camada dos neurônios bipolares, que unem funcionalmente<br />

as células dos cones e dos bastonetes às células<br />

ganglionares<br />

• Camada das células gangHonares, que estabelece contato<br />

na sua extremidade externa com os neurônios bipolares<br />

e continua na porção interna com as fibras nervosas que<br />

convergem, formando o nervo óptico (Pigura 23.12) .<br />

Entre a camada das células dos cones e bastonetes e a dos<br />

neurônios bipolares observa-se uma região na qual ocorrem<br />

as sinapses entre essas duas células, a qual recebeu o<br />

nome de camada sináptica externa ou plexiforme externa<br />

(Figura 23. 12). A camada sináptica interna ou plexiforme<br />

interna deriva dos contatos entre as células bipolares e gangHonares.<br />

Note-se que os raios luminosos atravessam as

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