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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

~O <strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Quando a parede de um vaso sanguíneo é lesionada, inicia-se um processo<br />

denominado hemostasia, que visa impedir a perda do sangue (hemorragia).<br />

A hemostasia é um fenômeno complexo que envolve a musculatura<br />

lisa do vaso lesionado, as plaquetas e diversos fatores do plasma sanguíneo,<br />

que promovem a coagulação do sangue. A contração do músculo liso é estimulada<br />

pela serotonina liberada pelas plaquetas.<br />

A participação das plaquetas na coagulação do sangue pode ser resumida<br />

da seguinte maneira:<br />

• Agregação primária: descontinuidades do endotélio produzidas por lesão<br />

vascular são seguidas pela absorção de proteínas do plasma sobre o colágeno<br />

adjacente. As plaquetas também aderem ao colágeno, fonnando um<br />

t<strong>amp</strong>ão plaquetário<br />

• Agregação secundária: as plaquetas do t<strong>amp</strong>ão liberam ADP, que é um<br />

potente indutor da agregação plaquetária, fazendo aumentar o número de<br />

plaquetas do t<strong>amp</strong>ão<br />

• Coagulação do sangue: durante a agregação das plaquetas, fatores do<br />

plasma sanguíneo, dos vasos lesionados e das plaquetas promovem a interação<br />

sequencial (em cascata) de cerca de 16 proteínas plasmáticas, dando<br />

origem a um polímero, a fibrina, e fonnando uma rede fibrosa tridimensional,<br />

que aprisiona eritrôcitos, leucócitos e plaquetas. Forma-se assim o<br />

coágulo sanguíneo, mais consistente e firme do que o t<strong>amp</strong>ão plaquetário.<br />

Um defeito hereditário na formação de uma das proteínas do plasma (fator<br />

VIII) resulta na doença hemorrágica conhecida como hemofilia<br />

• Retração do coágulo: inicialmente o coágulo provoca grande saliência para<br />

o interior do vaso, mas logo se contrai, graças à ação da actina, miosina e<br />

ATP das plaquetas<br />

• Remoção do coágulo: protegida pelo coágulo, a parede do vaso se restaura<br />

pela formação de tecido novo. Então o coágulo é removido principalmente<br />

pela enzima plasmina, formada pela ativação da proenzima plasmática<br />

plasminogênio pelos ativadores do plasminogênio produzidos pelo endotélio.<br />

Enzimas liberadas pelos lisossomos das plaquetas também contribuem<br />

para a remoção do coágulo.<br />

O número elevado de plaquetas no sangue (trombocitose) geralmente sinaliza<br />

inflamação ou trauma, mas tem pouco significado clínico. Já a trombocitemia<br />

essenóal é uma doença rara caracterizada pela produção descontrolada<br />

de plaquetas, sendo um distúrbio hematolôgico grave e potencialmente fatal. O<br />

baixo número de plaquetas, denominado trombocitopenia, é uma consequência<br />

comum do tratamento fannacológico prolongado e também de doenças infecciosas<br />

como a dengue hemorrágica, por exemplo, podendo ser fatal devido à<br />

propensão do paciente para lesões vasculares e hemorragias.<br />

de 150 mil a 450 mil plaquetas por microlitro (milímetro<br />

cúbico) de sangue. Esses corpúsculos permanecem no sangue<br />

por aproximadamente 1 O dias.<br />

Nos esfregaços de sangue, as plaquetas tendem a aparecer<br />

em grupos (aglutinação). Elas apresentam uma parte<br />

transparente, azul-dara, o hialõmero, o qual contém<br />

grânulos corados em púrpura, que constituem o cromômero.<br />

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