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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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22 1 Aparelho Reprodutor Feminino<br />

formam uma glândula endócrina temporária chamada<br />

corpo lúteo.<br />

Figura 22.12 Doís folículos em estágio avançado de atresia (A). A maior parte dos<br />

componentes desses folículos foi substituída por um tecido cicatricial - uma cicatriz de<br />

colágeno em que se observam muitos fibroblastos. Há ainda, em um dos folículos, restos<br />

da zona pelúcida (seta). (Fotomicrografia. HE. Médio aumento.)<br />

O estímulo para a ovulação é um pico de secreção de<br />

hormônio luteinizante liberado pela hipófise em resposta<br />

aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos<br />

folículos em crescimento. Poucos minutos após o aumento<br />

de LH circulante há um aumento do fluxo de sangue no<br />

ovário, e proteínas do plasma escoam por capilares e vênulas<br />

pós-capilares, resultando em edema. Há liberação local<br />

de prostaglandinas, histamina, vasopressina e colagenase.<br />

As células da granulosa produzem mais ácido hialurônico e<br />

se soltam de sua camada. Uma pequena área da parede do<br />

folículo enfraquece por causa da degradação de colágeno<br />

da túnica albugínea, por causa de isquemia e pela morte de<br />

algumas células. Essa fraqueza localizada e possivelmente<br />

a contração de células musculares lisas que circundam o<br />

folículo conduzem à ruptura de parte da parede exterior<br />

do folículo e à ovulação. Devido à ruptura da parede folicular,<br />

o ovócito e o primeiro corpúsculo polar, envoltos<br />

pela zona pelúcida, pela carona radiata e juntamente com<br />

um pouco de fluido folicular, deixam o ovário e entram na<br />

extremidade aberta da tuba uterina, onde o ovócito pode<br />

ser fertilizado. Se isso não acontece nas primeiras 24 h após<br />

a ovulação, ele degenera e é fagocitado.<br />

A primeira divisão meiótica é completada um pouco<br />

antes da ovulação (até este momento o ovócito estava desde<br />

a vida fetal na prófase Ida meiose). Os cromossomos são<br />

divididos igualmente entre as células-filhas, mas um dos<br />

ovócitos secundários retém quase todo o citoplasma. O<br />

outro se toma o primeiro corpúsculo polar, uma célula<br />

muito pequena que contém um pequeno núcleo e uma<br />

quantidade mínima de citoplasma. Imediatamente após a<br />

expulsão do primeiro corpo polar o núcleo do ovócito inicia<br />

a segunda divisão da meiose, que estaciona em metáfase<br />

até que haja fertilização.<br />

• Corpo lúteo<br />

Após a ovulação, as células da granulosa e as células<br />

da teca interna do folículo que ovalou se reorganizam e<br />

Formação e estrutura do corpo<br />

A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em<br />

colapso da parede do folículo, que se torna pregueada<br />

(Figura 22.13). Devido à ruptura da parede do folículo um<br />

pouco de sangue pode fluir para a cavidade do antro folicular,<br />

onde coagula e é, depois, invadido por tecido conjuntivo.<br />

Esse tecido conjuntivo constitui a parte mais central<br />

do corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue<br />

que são gradualmente removidos.<br />

Embora as células da granulosa não se dividam depois<br />

da ovulação, elas aumentam muito de tamanho (20 a 35 µ,m<br />

de diâmetro). Elas compõem aproximadamente 80% do<br />

parênquima do corpo lúteo e passam a ser chamadas células<br />

granulosa-luteínicas (Figura 22.14), com características<br />

de células secretoras de esteroides. Isso contrasta com<br />

a sua estrutura no folículo pré-ovulatório, no qual tinham<br />

aspecto de células secretoras de proteínas.<br />

Embora em menor número, as células da teca interna<br />

também contribuem para a formação do corpo lúteo, originando<br />

as células teca-luteínicas (Figura 22.14), as quais<br />

(J o<br />

/<br />

(]llo<br />

0Uo<br />

0<br />

o o<br />

o<br />

I<br />

Células<br />

teca·luteínicas<br />

Células<br />

granulosa-luteínicas<br />

Estroma<br />

Tecido<br />

conjuntivo<br />

Figura 22.13 Parte de um corpo lúteo.Ascélulas granulosa-luteínicas, que constituem<br />

a maior parte do corpo lúteo, derivam da camada granulosa. Elas são maiores e menos coradas<br />

que as células teca-luteínicas, pequenas e mais coradas, originadas da teca interna,<br />

e tendem a acumular-se na periferia e em pregas do corpo lúteo.

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