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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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1 1 Métodos de Estudo em <strong>Histologia</strong><br />

A B<br />

e D<br />

Uma das exigências mais importantes da imunocitoqufmica<br />

é a disponibilidade de um anticorpo contra a proteina<br />

que se pretende detectar. Isso significa que a proteína deve<br />

ter sido previamente purificada e isolada de modo que anticorpos<br />

possam ser produzidos contra ela<br />

Anticorpos monodonais e polidonais<br />

Suponhamos que se queira produzir anticorpos contra<br />

a proteína X de uma determinada espécie animal (um<br />

rato, um hlm1ano). Se X já está isolada, ela é injetada em<br />

outra espécie (um coelho, uma cabra). Se a proteína for<br />

suficientemente diferente para este animal reconhecê-la<br />

corno estranha, o animal produzirá anticorpos contra a<br />

proteína (anticorpo de coelho contra protema X de rato ou<br />

anticorpo de cabra contra proteína X humana). Esses anticorpos<br />

são coletados do plasma do animal e usados para<br />

imunocitoquúnica.<br />

f Para saber mais<br />

•<br />

Figura 1.19 Substânciasquetêmgrandeafinidadeporuma moléCIJ!apodemsermarcadas<br />

e usadas para identificar esta molêwla. A. A molêwla o<br />

tem uma afinidade intensa e<br />

espedfica por uma porção da molécula b. B. Se a e b Ião colocadasemcontato,ase liga com<br />

a porção de bque ela reconhece. C. Um marcador, visível em microscopia de luz ou eletrônica,<br />

pode ser ligado a molécula a. O marcador pode ser um composto fluorescente, uma enzima<br />

como a peroxidase, uma partícula de ouro ou um átomo radioativo. D. A molécula b pode<br />

ser detectada se existir em uma célula ou na matriz extracelular após incubação em uma<br />

solução que contém a molécula a.<br />

glicoprotefnas, proteoglicanos e glicolipídios e são muito<br />

usadas para caracterizar moléculas de membranas celulares<br />

que contêm sequências específicas de aç1kares.<br />

• lmunocitoquímica<br />

Um tipo de interação altamente específica entre moléculas<br />

é aquela que ocorre entre uma molécula e um anticorpo<br />

que a reconhece. Por essa razão, métodos que usam anticorpos<br />

são de grande utilidade para identificar e localizar<br />

proteínas e glicoproteínas. A imm1ocitoquímica é a meto·<br />

dologia que possibilita identificar, por meio de anticorpos,<br />

moléculas em cortes ou em células cultivadas.<br />

Em uma reação imunocitoqlúmica, células em cultura<br />

ou um corte de tecido que se supõe conter uma determi-<br />

11ada proteína são incubados em uma solução que contém<br />

um anticorpo que reconhece essa proteína. Como o anticorpo<br />

não é visível por microscopia, suas moléculas devem<br />

ser inicialmente acopladas a um marcador. O anticorpo<br />

se liga especificamente à proteú1a e sua localização pode<br />

então ser evidenciada por microscopia de luz ou eletrônica,<br />

dependendo do marcador que foi acoplado ao anticorpo.<br />

Técnicas de imunocitoquímica<br />

Há fundamentalmente duas técnicas usadas em ímunocitoquímica:<br />

• Técruca direta de imunocitoquímica: nesta técnica, o anticorpo<br />

(monoclonal ou pollclonal) contra a proteína X é ligado a um marcador<br />

apropriado. Um cone de tecido é incubado com o anticorpo durante<br />

algum tempo, de modo que o anticorpo interage e se liga à proteína X<br />

(Figura 1.20). Em seguida, o cone é lavado para remover o anticorpo<br />

o.lo ligado. O corte pode então ser observado por microscopia de luz<br />

ou eletrônica, dependendo do marcador utilizado (uma substância<br />

fluorescente, uma enzima, panículas de ouro). Se o marcador foi<br />

peroxídase ou outra enzima, o cone deve ser colocado em contato<br />

com o substrato dessa enzima antes de ser analisado (ver Hlstoquf·<br />

míco e cítoqulmica). Os locais do corte que contêm a proteína X ficarão<br />

fl uorescentes, ou serão cobertos por um precipitado escuro ou colorido<br />

em razão da presença da enzima ou de partículas de ouro<br />

• Técmca indireta de lmunocitoquímica: é mais sensível, porém requer<br />

mais etapas na sua execução. Se quisermos detectar uma proteína<br />

X existente em tecidos de ratos, é necessário inicialmente produzir<br />

dois anticorpos diferentes: (1) em um coelho se produzem anticorpos<br />

(monoclonais ou policlonais) contra a proteína X de rato; (2) em um<br />

procedimento paralelo, imunoglobulina de um outro coelho (nonnal,<br />

o.lo imunizado) é injetada em uma terceira espécie (p. ex., uma ovelha<br />

ou uma cabra). lmunoglobulina de coelho é considerada estranha por<br />

ovelhas ou cabras, que respondem produzindo um anticorpo contra<br />

a imunoglobulina - um antianticorpo ou anti-imunoglobullna. Esse<br />

anticorpo é, em seguida, ligado a um marcador adequado.<br />

Na primeira etapa da técnica indireta, um cone de tecido de rato<br />

que se supõe conter a proteína X é incubado inicialmente com anticorpo<br />

de coelho antiproteína X de rato. Depois de lavar os cortes, eles são<br />

incubados com o antianticorpo marcado que reconhecerá e se ligará ao<br />

anticorpo de coelho que se havia ligado à proteina X (Figura 1.21). Em<br />

seguida, o cone é observado ao microscópio de luz ou eletrônico após<br />

tratamento adequado. de.pendendo do marcador utilizado. Apesar de<br />

ser mais complexa, a técnica de imunocitoquímica indireta é mais sensível,<br />

respondendo com um sinal maior que a técnica direta, o que pode<br />

ser observado pela comparação das Figuras 1.20 e 1.21. Há métodos<br />

indiretos que envolvem o uso de outras molé

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