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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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8 1 Tecido ósseo<br />

Cartilagem articular<br />

Epífise<br />

Cartilagem {<br />

epifisária<br />

""~ {<br />

Centro primário<br />

de ossificação<br />

e medula óssea<br />

Figura 8.14 Fotomicrografia de ossificação endocondral. Note os restos de matríz cartilaginosa<br />

calcificada (roxo-escuro) envoltos por tecído ósseo que aparece com uma coloração<br />

dara. O tecido ósseo recém-formado está circundado por osteoblastos. Na matríz do<br />

tecído ósseo podem ser observados diversos osteócltos (setas).(Pararrosanilina e azul de<br />

toluidina. Médio aumento.)<br />

o qual também cresce longitudinalmente à medida que a<br />

ossificação progride. À medida que se forma o canal medular,<br />

células sanguíneas, originadas de células hematógenas<br />

multipotentes (células-tronco) trazidas pelo sangue dão<br />

origem à medula óssea. As células-tronco hematógenas se<br />

fixam no microambiente do interior dos ossos, onde vão<br />

produzir todos os tipos de células do sangue, tanto na vida<br />

intrauterina como após o nascimento (Capítulo 13).<br />

Mais tarde, formam-se os centros secundários de<br />

ossificação (Figura 8.13), um em cada epífise, porém não<br />

simultaneamente. Esses centros são semelhantes ao centro<br />

primário da diáfise, mas seu crescimento é radial em vez de<br />

longitudinal. A porção central do osso formado nos centros<br />

secundários (nas epífises) também contém medula óssea.<br />

Quando o tecido ósseo formado nos centros secundários<br />

ocupa as epífises, o tecido cartilaginoso torna-se reduzido<br />

a dois locais: a cartilagem articular, que persistirá por<br />

toda a vida e não contribui para a formação de tecido ósseo<br />

(Figura 8.15), e a cartilagem de conjugação ou disco epifisário<br />

(Figuras 8.15 e 8.16). Esta é constituída por um disco<br />

cartilaginoso que não foi penetrado pelo osso em expansão<br />

e que será responsável, de agora em diante, pelo crescimento<br />

Figura 8.1 S Desenho esquemático que mostra a estrutura tridimensional das espículas<br />

ósseas do disco epifisário que, na realidade, são paredes, aparecendo como espículas nos<br />

cortes histológicos (desenho de cimo). Cartilagem hialina, em roxo; cartilagem cakificada,<br />

tnt vínho; t~cído ósM, tntamarelo. llod~enho de cima~!tá indicada a f(){alização da ré9ião<br />

representada em três dimensões no destaque. (Adaptada e reproduzida, com autorização,<br />

de Ham AW: Histology, 6'h ed. Lippincott, 1969.)<br />

longitudinal do osso. A cartilagem de conjugação fica entre o<br />

tecido ósseo das epífises e o da diáfise. Seu desaparecimento<br />

por ossificação, aproximadamente aos 20 anos de idade,<br />

determina a parada do crescimento longitudinal dos ossos.<br />

Na cartilagem de conjugação, começando ao lado da<br />

epífise, distinguem-se as cinco wnas (Figura 8.16):<br />

• Zona de repouso: na qual existe cartilagem hialina sem<br />

qualquer alteração morfológica<br />

• Zona de cartilagem seriada ou de proliferação: na qual<br />

os condrócitos dividem-se rapidamente e formam fileiras<br />

ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas<br />

no sentido longitudinal do osso<br />

• Zona de cartilagem hipertrófica: zona que apresenta<br />

condrócitos muito volumosos, com depósitos citoplasmáticos<br />

de glicogênio e lipídios. A matriz fica reduzida a<br />

tabiques delgados, entre as células hipertróficas. Os condrócitos<br />

entram em apoptose<br />

• Zona de cartilagem calcificada: zona em que ocorre a<br />

mineralização dos delgados tabiques de matriz cartilaginosa<br />

e termina a apoptose dos condrócitos<br />

• Zona de ossificação: zona em que aparece tecido ósseo.<br />

Capilares sanguíneos e células osteoprogenitoras originadas<br />

do periósteo invadem as cavidades deixadas pelos<br />

condrócitos mortos. As células osteoprogenitoras se<br />

diferenciam em osteoblastos, que formam uma camada

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