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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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2 1 Introdução ao Estudo das Células. Citoplasma<br />

AMP cíclico (cAMP). As células contêm também muitas<br />

proteínas que são capazes de associação com a actina e participam<br />

da regulação da polimerização e agregação lateral<br />

dos microfilamentos para formar feixes. A grande atividade<br />

dos mecanismos de controle da formação e desmonte dos<br />

microfilamentos fica clara quando se constata que apenas<br />

metade das moléculas de actina está sob a forma de microfilamentos.<br />

A atividade contrátil dos microfilamentos depende da<br />

interação da actina com a miosina. A estrutura e a atividade<br />

do filamento espesso de miosina estão descritas no<br />

Capítulo 1 O.<br />

• Filamentos intermediários<br />

Além dos filamentos finos de actina e dos filan1entos<br />

espessos de miosina, as células contêm filamentos com diâmetro<br />

de aproximadamente 10 nm, os filamentos intermediários<br />

(Figura 2.37). Esses filamentos são constituídos por<br />

diversas proteín as:<br />

• Queratinas: são codificadas por uma familia de genes<br />

e têm diferenças qufmicas e imunitárias. As queratinas<br />

são encontradas nas células dos tecidos epiteliais. São<br />

encontradas também em estrutLtras extracelulares<br />

• Vimentina: proteína que constitui, principalmente,<br />

os filam entos intermediários das células originadas<br />

do mesênquima (um tecido embrionário). A vimentina<br />

é uma proteína única com 56 a 58 kDa que pode<br />

copolimerizar com desmina e com a proteína fibrilar<br />

ácida da glia para formar filamentos intermediários<br />

mistos<br />

• Desmina: encontrada nos filamentos intermediários do<br />

tecido muscular liso e nas Linhas Z dos músculos esquelético<br />

e cardíaco<br />

• Proteína fibrilar ácida da glia ou GFAP (glial fibrillary<br />

acidic protein): característica dos filamentos intermediários<br />

dos astrócitos (ver Tecido Nervoso, Capítulo 9)<br />

• Proteínas dos neurofilamentos encontradas nos filamentos<br />

intermediários das células nervosas.<br />

.l- 0<br />

<strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Os filamentos intermediários especificos encontrados em (élulas<br />

cancerosas podem sugerir o tecido de origem do tumor, uma informação<br />

útil para orientar o diagnóstico e o tratamento. Em geral, a identificação<br />

dos filamentos intermediários em biopsias de tecidos é feita por meio de<br />

técnicas de imunocitoquimica.<br />

• Depósitos citoplasmáticos<br />

Em geral o citoplas ma contém depósitos transitórios,<br />

constituídos de reserva de nutrientes ou outras substâncias.<br />

Gotículas de lipídios, principal reserva energética, são<br />

frequentes (Figura 2.38) e muito abundantes nas células do<br />

tecido adiposo, nas da camada cortical da glândula adrenal<br />

e nas células do fígado. Depósitos de hidratos de carbono,<br />

sob a forma de grânulos de glicogênio, outra reserva energética,<br />

também são frequentes na maioria das células. Nas<br />

micrografias eletrônicas, o glicogtnio se apresenta como<br />

aglomerados de partículas pequenas e elétron-densas<br />

(Figura 2.39). Depósitos de pigmentos também são encontrados<br />

(Figura 2.40): alguns como a melanina, sintetizados<br />

pela própria célula, e outros como o caroteno, ingeridos<br />

com os alimentos. A melanina é um pigmento abundante<br />

na epiderme e na camada pigmentar da retina, sob a forma<br />

de grânulos envohridos por membrana.<br />

Lipofuscina é um pigmento pardo que awnenta nas<br />

células com a idade. Sua constituição química é complexa<br />

e pouco conhecida. Os grânulos de lipofuscina são<br />

constituídos por substâncias que não foram digeridas<br />

Figura 2 .3 7 Esta micrografia eletrônia de (êlulas epiteliais d.l pele mostra filamentos<br />

intffil'lediários de queratina associados a desmossomos.<br />

Figura 2.38 O corte da glândula adrenal mostra gotlOJlas lipídicas (L) e mitocôndrias<br />

(M) anoonais. (19.000 X.)

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