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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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2 1 Introdução ao Estudo das Células. Citoplasma<br />

Membrana<br />

mitocondrial externa<br />

H' H• H' H' H- H• H' H' H• H H•<br />

Espaço H• H• H- H' ~ H• ~· • H- • H~ · H'<br />

: ;mo~oom"""º HH· t<br />

Membrana<br />

mitocondrial interna<br />

H• -<br />

1+<br />

I H·<br />

~ ATP<br />

Síntese de ATP em uma partícula<br />

elementar usando energia<br />

derivada do refluxo de prótons<br />

:;.,.,,.,.•<br />

m.m~ 1ITTi~"~"t ~~ i"{:===H=·=H==============: H'<br />

de~e-le-. 11-er_m_o_g~l(J! o<br />

H'w H'<br />

6<br />

Unidades transportadoras t_ro_n_s _____<br />

H+ H• H H.. H• H• H· H-f> H-+<br />

1<br />

ADP+Pi H' H• H• H' _ H' H' H' H• H'<br />

H , H * ,. H'<br />

H' H' -...,, H<br />

Í<br />

Fluxo de prótons da matriz para o<br />

espaço intermembranoso usando<br />

energia do transporte de elétrons<br />

·~ H' +H·<br />

Fluxo retrógrado<br />

de prótons sem<br />

síntese de ATP<br />

Figura 2.14 Teoria quimiosmótica da formação de ATP nas mitocõndrias. Ao fentro, observa-se a formação de um fluxo de elétrons da matriz para o espaço intermembranoso às<br />

expensas da energia do sistema transportador de elétrons localizado na membrana interna da mitocôndria. À esquerda, metade da energia derivada do refl uxo de prótons produz ATP;<br />

a energia restante produz calor. À direita, a proteína termogenina, encontrada nas mitocôndrias do tecido adiposo multilocular (Capítulo 6), forma um caminho livre para o refl uxo dos<br />

elétrons; esse refluxo dissipa a energia sob a forma de calor, sem produção de ATP.<br />

cando seu destino, e são transferidas para as mitocôndrias<br />

por meio de um processo que requer energia.<br />

Na mitose, cada célula-filha recebe aproximadamente<br />

metade das mitocôndrias da célula-mãe. Nas células-filhas,<br />

e sempre que é necessário, novas mitocôndrias se podem<br />

formar pelo crescimento, seguido de divisão da organela<br />

por fissão.<br />

As mitocôndrias têm algtunas características em<br />

comum com as bactérias, e, por isso, muitos pesquisadores<br />

admitem que elas se originaram de uma bactéria ancestral<br />

aeróbia que se adaptou a uma vida endossimbiótica em<br />

uma célula eucariótica. Endossimbiose é a simbiose intracelular.<br />

~O <strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Existem várias doenças, geralmente com disfunção muscular,<br />

que são decorrentes de defeitos nas mitocôndrias. Por apresentarem<br />

metabolismo energético muito elevado, as células (fibras) musculares<br />

esqueléticas são muito sensíveis aos defeitos mitocond riais. Um dos<br />

primeiros sinais dessas doenças é a ptose (queda) da pálpebra superior,<br />

que geralmente é seguida de dificuldades para deglutir e fraqueza<br />

dos membros inferiores. São doenças hereditárias, causadas<br />

por mutações no DNA mitocondrial ou no DNA nuclear. No primeiro<br />

caso, a herança é exclusivamente materna, porque as mitocôndrias do<br />

embrião são todas derivadas do óvulo, sem partici pação do espermatozoide.<br />

No segundo caso, quando a mutação ocorre no DNA do núcleo<br />

celular, a herança pode ser materna ou paterna. Geralmente, nessas<br />

doenças, as mitocôndrias apresentam acentuadas alterações morfológicas<br />

(Figura 2. B B).<br />

• Ribossomos<br />

Os ribossomos são pequenas partículas elétron-densas,<br />

medindo 20 a 30 nm, compostas de quatro tipos de RNA<br />

ribossomal (rRNA) e cerca de 80 proteínas diferentes. Há<br />

dois tipos de ribossomos: um tipo é encontrado nas células<br />

procariontes (bactérias), cloroplastos e mitocôndrias; o<br />

outro tipo ocorre em todas as células eucariontes. Ambos<br />

os tipos de ribossomos são constituídos por duas subunidades<br />

de tamanhos diferentes. Nas células eucariontes, a<br />

maior parte do RNA das duas subunidades (rRNA) é sintetizada<br />

no nucléolo. As proteínas são todas sintetizadas<br />

no citoplasma, migram para o núcleo através dos poros<br />

nucleares (Capítulo 3) e se associam aos rRNA. Depois de<br />

prontas, a subunidade menor e a maior, separadas, saem do<br />

núcleo pelos poros nucleares, passando para o citoplasma,<br />

no qual exercerão suas funçôes. Em razão dos numerosos<br />

grupamentos fosfato do rRNA, os ribossomos são basófilos.<br />

Por isso, os locais do citoplasma que são ricos em ribossomos<br />

se coram intensamente pelos corantes básicos como o<br />

azul de metileno e o azul de toluidina. Esses locais basófilos<br />

se coram também pela hematoxilina.<br />

Polirribossomos são grupos de ribossomos unidos por<br />

uma molécula de RNA mensageiro (Figura 2.ISA). A mensagem<br />

contida no mRNA é o código para a sequência de<br />

aminoácidos na molécula proteica que está sendo sintetizada,<br />

e os ribossomos desempenham um papel importante<br />

na decodificação, ou tradução, da mensagem para a síntese<br />

proteica. Muitas proteínas, como as que se destinam<br />

ao citosol, mitocôndrias e peroxissomos, são produzidas<br />

em polirribossomos que permanecem isolados no citosol.

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