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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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16 1 Órgãos Associados ao Trato Digestivo<br />

Região perilobular<br />

R119ião oentrolobular<br />

Fluxo sanguíneo<br />

,.,---::::: - ---<br />

,.----;íc..__ .:: •::.__:4=::Z=• '-----:::> e~ ;:i<br />

Espaço de Disse<br />

Oxigênio<br />

Hormônios extra-hepáticos<br />

Enzimas-chave da síntese e degradação de g licog ~n io<br />

Enzimas-chave da oxidação de ácidos graxos<br />

Enzimas-chave da via glicolítica<br />

Enzimas-chave da síntese de ácidos graxos<br />

Figura 16.14 Heterogeneidade dos hepatócitos nas regiões perilobular e centrolobular. (Cortesia de A. Brecht.) Células na região perilobularsão aquelas mais próximas do espaço<br />

porta e, consequentemente, as primeiras a alterar o conteúdo do sangue ou a serem afetadas por ele. As próximas são as células na região intermediária, enquanto as células da região<br />

cemrolobular recebem o sangue já alterado pelas células das regiões anteriores. Por exemplo, após uma refeição, células da periferia dos lóbulos são as primeiras a receber a glicose absorvida<br />

e armazená-la em glicogênio. A glicose não captada por essas células é provavelmente utilizada pelas células da próxima região. No jejum, as células periféricas (perilobulares) seríam as<br />

primeiras a responder à queda na glicemia, quebrando glicogênio e liberando glicose para a circulação sanguínea. Neste processo, células das regiões intermedíária e centrolobular não<br />

respondem à condição de jejum até que o estoque de glicogênio nas células perilobulares seja depletado. Este arranjo em zonas é responsável por algumas das diferenças na suscetibilidade<br />

dos hepatócitosa diversos agentes nocivos ou em condições patológicas.<br />

gradualmente em diâmetro. Ao final, ela deixa o lóbulo em<br />

sua base fundindo-se com a veia sublobular, de diâmetro<br />

maior (Figura 16.9). As veias sublobulares gradualmente<br />

convergem e se fundem, formando duas ou mais grandes<br />

veias hepáticas que desembocam na veia cava inferior.<br />

O sistema portal contém sangue proveniente do pâncreas,<br />

baço e intestino. Os nutrientes absorvidos no intestino são<br />

acumulados e transformados no fígado, no qual substâncias<br />

tóxicas são também neutralizadas e eliminadas.<br />

Sistema arterial<br />

A artéria hepática ramifica-se repetidamente e forma<br />

as arteríolas interlobulares, localizadas nos espaços porta.<br />

Algumas dessas arteríolas irrigam as estruturas do espaço<br />

porta e outras formam arteríolas que desembocam direta·<br />

mente nos sinusoides, provendo uma mistura de sangue<br />

arterial e venoso portal nesses capilares (Figura 16.10).<br />

A principal função do sistema arterial é suprir os hepa ·<br />

tócitos com uma quantidade adequada de oxigênio. O<br />

sangue flui da periferia para o centro do lóbulo hepático.<br />

Consequentemente, oxigênio e metabólitos, assim como<br />

todas as substâncias tóxicas e não tóxicas absorvidas no<br />

intestino, alcançam primeiro as células periféricas e posteriormente<br />

as células centrais dos lóbulos. Esta direção<br />

do fluxo sanguíneo explica parcialmente por que o comportamento<br />

das células mais periféricas (perilobulares)<br />

difere daquele das células mais centrais ( centrolobulares)<br />

(Figura 16.14). Essa dualidade de comportamento dos<br />

hepatócitos é particularmente evidente em determinadas<br />

patologias, em que alterações podem ser observadas nas<br />

células periféricas ou nas células centrais do lóbulo.<br />

• Hepatócito<br />

Hepatócitos são células poliédricas, com seis ou mais<br />

superfícies, com diâmetro de 20 a 30 mm. Em cortes cora·<br />

dos com hematoxilina e eosina (HE), o citoplasma do<br />

hepatócito é eosinofílico, principalmente devido ao grande<br />

número de mitocôndrias e algum retículo endoplasmático<br />

liso. Hepatócitos localizados a distâncias variáveis dos<br />

espaços porta mostram diferenças em suas características<br />

estruturais, histoquímicas e bioquímicas. A superfície de<br />

cada hepatócito está em contato com a parede do capilar<br />

sinusoide, através do espaço de Disse, e com a superfície de<br />

outros hepatócitos. Sempre que dois hepatócitos se encontram,<br />

eles delimitam um espaço tubular entre si conhecido<br />

como canalículo biliar (Figuras 16.10 e 16.15 a 16.19).<br />

Os canalículos, que constituem a primeira porção do sistema<br />

de duetos biliares, são espaços tubulares com cerca<br />

de 1 a 2 µm de diâmetro. Eles são delimitados apenas pela<br />

membrana plasmática de dois hepatócitos e contêm poucos<br />

microvilos em seu interior (Figuras 16.16 e 16.17). As mem ·

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