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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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11 1 Sistema Orculatório<br />

Adventícia Média<br />

1 Lãmina<br />

elástica<br />

interna<br />

Intima<br />

1<br />

Lâmona<br />

basal<br />

Endotého 1<br />

Figura 11 .2 Diagrama de uma artéóa musrular de médio calibre, mostrando suas camada<br />

~ Embora nas preparações histológicas habituais as camadas apareçam mais espessas<br />

do que o mostrado aqui, o desenho representa a arquitetura do vaso in vivo. No momento da<br />

morte, a artéria sofre uma intensa constrição e, por conseguinte, o lúmen do vaso torna-se<br />

reduzido, a membrana elástica interna ondula e a túnica muscular torna-se mais espessa.<br />

As células endoteliais são funciona lmente diversas de<br />

acordo com o vaso que elas revestem. Os vasos capilares<br />

são frequentemente chamados vasos de troca, wua vez que<br />

é nestes locais que são transferidos oxigênio, gás carbônico,<br />

água, solutos, macromoléculas, substratos e metabólitos do<br />

sangue para os tecidos e dos tecidos para o sangue. Além de<br />

seu papel nas trocas entre o sangue e os tecidos, as células<br />

endoteliais executam várias outras funções, como:<br />

• Conversão de angiotensina I para angiotensina II (ver<br />

Capítulo 19)<br />

• Conversão de bradicin ina, serotonina, prostaglandinas,<br />

norepinefrina (noradrenalina), trombina etc., em compostos<br />

biologicamente inertes<br />

• Lipólise de lipoproteínas por enzimas localizadas na<br />

superfície das células endoteliais, para transformá-las<br />

em triglicerídios e colesterol (substratos para síntese de<br />

hormônios esteroides e para a estrutura da membrana)<br />

• Produção de fatores vasoativos que influencian1 o tônus<br />

vascular, como as endotelinas, os agentes vasoconstritivos,<br />

corno óxido nítrico, e os fatores de relaxamento.<br />

Fatores de crescimento, como VEGF (fator de crescimento<br />

do endotélio vascular), têm papel central na formação<br />

do sistema vascular durante o desenvolvimento<br />

embrionário, na regulação do crescimento capilar em condições<br />

normais e patológicas em adultos e na manutenção<br />

da normalidade da vascularização.<br />

• Músculo liso<br />

O tecido muscular liso faz parte de todos os vasos<br />

sanguíneos com exceção dos capilares e vênulas pericíticas.<br />

As células musculares lisas estão na túnica média<br />

dos vasos, onde se organizam em camadas helicoidais.<br />

Cada célula muscular é envolta por uma lâmina basal e<br />

~O <strong>Histologia</strong> aplicada<br />

O endotélio também tem uma ação antitrombogênica, impedindo<br />

a coagulação de sangue. Quando, por exemplo, células endoteliais são<br />

danificadas por lesões provocadas pela aterosderose, o tecido conjuntivo<br />

subendotelial é exposto, induzindo a agregação de plaquetas sangulneas.<br />

Essa agregação inicia uma cascata de eventos que dão origem à<br />

fibrina, a partir do fibrinogênio do sangue.<br />

Dessa maneira, um coágulo intravascular, ou trombo, é formado e<br />

pode crescer até obstruir completamente o fluxo vascular local. Porções<br />

de massa sólida podem separar-se do trombo e ser levadas pelo sangue,<br />

podendo obstruir vasos sanguíneos distantes por um processo chamado<br />

embolia. Em ambos os casos, pode ocorrer parada do fluxo vascular,<br />

constituindo-se em uma potencial condição de ameaça à vida. Desse<br />

modo, a integridade da camada endotelial, que impossibilita o contato<br />

entre plaquetas e o tecido conjuntivo subendotelial, é um mecanismo<br />

antitrombogênico importante (ver Capitulo 12).<br />

por uma quantidade variável de tecido conjuntivo produzido<br />

por elas próprias. As células musculares lisas<br />

vasculares, principalmente em arteríolas e pequenas<br />

artérias, são frequentemente conectad as por junções<br />

comunicantes (gap).<br />

• Tecido conjuntivo<br />

Componentes do tecido conjuntivo são encontrados<br />

nas paredes dos vasos sanguíneos em quantidade e<br />

proporção que varia de acordo com as suas necessidades<br />

funcionais. Fibras colágenas, um elemento abundante<br />

na parede do sistema vascular, são encontradas entre as<br />

células musculares, na camada adventícia e também na<br />

camada subepitelial de alguns vasos. Os colágenos dos<br />

tipos IV, III e 1 são encontrados nas membranas basais,<br />

tú nica média e adventícia, respectivamente. Fibras elásticas<br />

fornecem a resistência ao estiramento promovido<br />

pela expansão da parede dos vasos. Essas fibras predominam<br />

nas grandes artérias, nas quais se organizam em<br />

lamelas paralelas regularmente distribuídas entre as células<br />

musculares em toda a espessura da camada média. A<br />

substância fundamental forma um gel heterogêneo nos<br />

espaços ex:tracelulares da parede dos vasos. Ela contribui<br />

com as propriedades físicas da parede dos vasos e, provavelmente,<br />

afeta a difusão e permeabilidade através da<br />

parede. A concentração de glicosaminoglicanos é mais<br />

alta nas paredes das artérias do que nas das veias.<br />

~O <strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Durante o envelhecimento, a matriz extracelular torna-se desorganizada<br />

em consequência do aumento da secreção dos colágenos tipo 1 e Ili<br />

e de alguns glicosaminoglicanos. Alterações na conformação molecul.Jr<br />

da elastina e outra.s glicoproteínas também ocorrem e podem facilitar a<br />

deposição de liproteínas e cálcio nos tecidos, com subsequente calcificação.<br />

Modificações de componentes da matriz extracelular associadas<br />

a outros fatores mais complexos podem levar à formação de placas de<br />

ateroma na parede dos vasos sanguíneos.

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