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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

Lâmina própria<br />

Músculo estriado<br />

esquelético<br />

Figura 15.8 Fotomicrografia de um corte na região proximal do esôfago. Glândulasmucosa:s são verificadas na submucosa; observa-se músculo estriado na camada muscular. (Imagem<br />

de P. Gama. Coloração: hematoxilina-eosina. Pequeno aumento.)<br />

cente existe uma camada de músculo liso, a muscular da<br />

mucosa (Figuras 15.9 e 15.10).<br />

Quando a superfície luminal do estômago é observada<br />

ao microscópio em pequeno aumento, numerosas invagi·<br />

nações do epitélio de revestimento são vistas; são as abertu·<br />

ras das fossetas gástricas.<br />

O epitélio que recobre a superfície do estômago e reveste<br />

as fossetas é colunar simples, e todas as células secretam<br />

muco alcalino (Figuras 15.9 a 15.11), composto por água<br />

(95%), glicoproteínas e lipídios. O bicarbonato, também<br />

secretado por essas células, forma tun gradiente de pH que<br />

varia de 1 (porção luminal) a 7 (superficie celular). A parte<br />

do muco que está firmemente aderida ao glicocálice das<br />

células epiteliais é muito efetiva na proteção, enquanto a<br />

parte menos aderida (luminal) é mais solúvel, sendo parcialmente<br />

digerida pela pepsina e misturada com o conteúdo<br />

luminal. Assim, o muco forma uma espessa camada que<br />

protege as células da acidez do estômago.<br />

As junções de oclusão entre as células superficiais e.<br />

da fosseta também participam da barreira de proteção na<br />

mucosa gástrica. Finalmente, a rede de vasos na lâmina<br />

própria e na submucosa possibilita a nutrição e a remoção<br />

de metabólitos tóxicos das células mucosas superficiais,<br />

e dessa maneira funciona como mais um fator de<br />

proteção.<br />

Assim como o ácido hidroclorídrico (HCl), a pepsina<br />

e as lipases (lingual e gástrica) também devem ser consideradas<br />

como fatores endógenos de agressão à mucosa de<br />

revestimento do estômago.<br />

'-o <strong>Histologia</strong> aplicada<br />

Diversos fatores exógenos de agressão podem desorganizar a camada<br />

epitelial e levar à irritação {gastrite} e ulceração, como, por exemplo:<br />

estresse emocional, fatores psicossomáticos, substâncias ingeridas, como<br />

fármacos anti-inflamatórios não esteroidais, etanol, cigarro, hiperosmolaridade<br />

na dieta e alguns microrganismos (p. ex., Helicobader py/011). A<br />

bactéria H. pylori é o principal fator indutor de úlceras gástricas na região<br />

do antro pilórico. Sua ação ocorre pela produção de amônia (fase ativa},<br />

seguida da invasão da camada de muco e adesão à membrana celular (fase<br />

estacionária}, o que possibilita a nutrição e a replicação da bactéria (fase<br />

de colonização}. A morte das células superficiais gástricas leva à ulceração<br />

hemorrágica, com rompimento de capilares da lâmina própria. A maior<br />

parte dos portadores de H. pylori é assintomática ou afetada por gastrite<br />

leve. Processos que habilitam a mucosa gástrica a reparar (ou restituir}<br />

rapidamente lesões superficiais impostas por diversos fatores desempenham<br />

papel muito importante no mecanismo de defesa.

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