21.10.2018 Views

Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

f .<br />

Para saber mais<br />

<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

Nucleoplasma<br />

O nudeoplasma é um soluto com muita água, íons, aminoácidos,<br />

metabólitos e precursores diversos, enzimas para a síntese de RNA e<br />

ONA, receptores para honmônios, moléculas de RNA de diversos tipos<br />

e outros componentes. Sua caracterização ao microscópio eletrônico é<br />

impossível, sendo o nucleoplasma definido como o componente granuloso<br />

que preenche o espaço entJe os elementos morfologicamente bem<br />

caracterizados no núcleo, como a cromatina e o nucléolo.<br />

Figura 3.14 Esta micrografia eletJônica de parte de uma célula mostra um nucléolo.<br />

Estão visíveis o ONA organizador do nucléolo (NO), a pars fibrosa do nucléolo (PF), a pars<br />

granulosa do nucléolo (PG), a cromatina associada ao nucléolo (NAC), o envelope nuclear<br />

(NE) e o citoplasma (C).<br />

f<br />

•<br />

Para saber mais<br />

Microscopia eletrônica dos nucléolos<br />

Ao microscópio eletJônico (Figura 3.14), distinguem-se três porções<br />

no nucléolo: (1) a região granular, formada essencialmente por grânulos<br />

de RNA; (2) a região fibrilar, que também é constituída por RNA, mas se<br />

admite que o aspecto granular ou fibrilar depende do grau de maturação<br />

dos ribossomos; e (3) filamentos de ONA, dispersos pelas outras porções.<br />

Esses filamentos de ONA constituem as regiões cromossômicas organizadoras<br />

do nucléolo. No interior do núcleo o RNA ribossomal sintetizado<br />

sofre modificações complexas e, nos nucléolos, associa-se a proteínas<br />

provenientes do citoplasma, para formar subunidades que vão constituir<br />

os ribossomos, durante a síntese de moléculas proteicas.<br />

As células secretoras de proteínas e as células que estão em intensa<br />

atividade mitótica, como as embrionárias e as células de tumores malignos,<br />

apresentam nucléolos muito grandes, devido à intensa síntese<br />

de RNA ribossomal e à montagem de grande número de subunidades<br />

ribossomais.<br />

somos, e, por isso, as células podem apresentar vários<br />

nucléolos, mas geralmente há uma fusão, e a maioria das<br />

células têm apenas um ou dois nucléolos. Existe. uma<br />

porção de heterocromatina presa ao nucléolo, que é chamada<br />

cromatina associada ao nucléolo (Figuras 3.1 e<br />

3.14).<br />

• Matriz nuclear<br />

A extração bioquímica dos componentes solúveis de.<br />

núcleos isolados deixa uma estrutura fibrilar chamada<br />

matriz nuclear, que forneceria um esqueleto para apoiar<br />

os cromossomos interfásicos, determinando sua localização<br />

dentro do núcleo celular. Segundo os pesquisadores<br />

que admitem a existência dessa matriz, a lâmina nuclear<br />

seria mna parte dela. Todavia, não tendo sido possível<br />

isolar as moléculas que constituiriam a matriz, exceto<br />

as da lâmina nuclear, muitos pesquisadores negam sua<br />

existência na célula viva, admitindo que a matriz nuclear<br />

vista ao microscópio eletrônico nos núcleos isolados é<br />

uma estrutura artificial, criada pelas técnicas de preparação.<br />

... Divisão celular<br />

A divisão celular é observável ao microscópio óptico no<br />

processo denominado mitose (Figura 3.15), durante o qual<br />

uma célula (célula-mãe) se divide em duas (Figuras 3.16 e<br />

3.17), recebendo cada nova célula (célula-filha) tun jogo<br />

cromossômico igual ao da célula-mãe. Esse processo consiste,<br />

essencialmente, na duplicação dos cromossomos e na<br />

sua distribuição para as células-filhas. Quando não está em<br />

mitose, a célula está na intérfase. A mitose é um processo<br />

contínuo que é dividido em fases por motivos didáticos<br />

(Figura 3.15).<br />

A prófase caracteriza-se pela condensação gradual da<br />

cromatina (o DNA foi duplicado na intérfase), que irá constituir<br />

os cromossomos mitóticos. O envoltório nuclear se<br />

fragmenta no final da prófase em virtude da fosforilação<br />

(adição de PO/·) da lâmina nuclear, originando vesículas<br />

que permanecem no citoplasma e reconstituem o envelope<br />

nuclear no final da mitose. Os centrossomos e seus centríolos,<br />

que se duplicaram na intérfase, separam-se, migrando<br />

um par para cada polo da célula. Começam a aparecer<br />

microtúbulos entre os dois pares de centríolos, iniciando-se<br />

a formação do fuso mitótico. Durante a prófase o nucléolo<br />

se desintegra.<br />

Na metáfase os cromossomos migram graças à participação<br />

dos microtúbulos e se dispõem no plano equatorial<br />

da célula (Figuras 3.18 e 3.19). Cada cromossomo,<br />

cujo DNA já está duplicado, divide-se longitudinalmente<br />

em duas cromátides, que se prendem aos microtúbulos do<br />

fuso mitótico por meio de uma região especial, o cinetocoro<br />

localizado próximo ao centrômero.<br />

Na anáfase, por um processo complexo, os cromossomos-filhos<br />

separam-se e migram para os polos da célula,<br />

seguindo a direção dos microtúbulos do fuso. Nesse deslocamento<br />

os centrômeros seguem na frente e são acom-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!