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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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18 1 Pele e Anexos<br />

Terminações livres<br />

Meissner<br />

Corpúsculo de Paccini<br />

Krause<br />

Figura 18.13 Diversos tipos de receptoressensoriaís encontrados na pele. (Adaptada e<br />

reproduzida, com autorização, de Ham AV: Histology, 6th ed. Uppincott, 1969.)<br />

porém têm sensibilidade. No entanto, quando são encontrados,<br />

eles funcionam como mecanorreceptores. Os corpúsculos<br />

de Vater-Pacini e os de Ruffini são encontrados<br />

também no tecido conjuntivo de órgãos situados nas partes<br />

profundas do corpo, em que provavelmente são sensíveis<br />

aos movimentos dos órgãos e às pressões de uns órgãos<br />

sobre os outros.<br />

..,. Pelos<br />

Os pelos (Figura 18.14) são estruturas delgadas e queratinizadas,<br />

que se desenvolvem a partir de uma invaginação<br />

de epiderme. A cor, o tamanho e a disposição deles variam<br />

de acordo com a cor da pele e a região do corpo. São observados<br />

em praticamente toda a superfície corporal, com<br />

exceção de algumas regiões bem delimitadas. Os pelos são<br />

estruturas que crescem descontinuamente, intercalando<br />

fases de repouso com fases de crescimento. A duração das<br />

fases de repouso e crescimento é variável de uma região<br />

para outra. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de crescimento<br />

é muito longa, durando vários anos, enquanto a<br />

fase de repouso é da ordem de 3 meses. As características<br />

dos pelos de determinadas regiões do corpo (face e região<br />

pubiana) são influenciadas por hormônios, principalmente<br />

os hormônios sexuais.<br />

Cada pelo se origina de uma invaginação da epiderme,<br />

o folículo piloso (Figuras 18.14 e 18.15), que, no pelo em<br />

fase de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminai,<br />

o bulbo piloso, em cujo centro se observa uma<br />

papila dérmica (Figura 18.14). As células que recobrem<br />

a papila dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge<br />

o eixo do pelo. Na fase de crescimento, as células da raiz<br />

multiplicam-se e diferenciam-se em vários tipos celulares.<br />

Em certos tipos de pelos grossos as células centrais da raiz<br />

produzem células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas,<br />

que formam a medula do pelo (Figura 18.14).<br />

Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas<br />

e dispostas compactamente, formando o córtex do<br />

pelo. Células mais periféricas formam a cutícula do pelo,<br />

constituída por células fortemente queratinizadas que se<br />

dispõem envolvendo o córtex como escamas. Finalmente,<br />

das células epiteliais mais periféricas de todas, originam-se<br />

duas bainhas epiteliais (uma interna e outra externa), que<br />

envolvem o eixo do pelo na sua porção inicial. A bainha<br />

externa se continua com o epitélio da epiderme, enquanto<br />

a interna desaparece na altura da região onde desembocam<br />

as glândulas sebáceas no folículo. Separando o folículo<br />

piloso do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-se uma<br />

membrana basal muito desenvolvida que recebe o nome de<br />

membrana vítrea (Figura 18.14). O conjuntivo que envolve<br />

o folículo apresenta-se mais espesso, formando a bainha<br />

conjuntiva do folículo piloso. Dispostos obliquamente e<br />

inseridos de um lado nessa bainha e do outro na camada<br />

papilar da derme (Figura 18.15) encontram-se os músculos<br />

eretores dos pelos, cuja contração puxa o pelo para uma<br />

posição mais vertical, tornando-o eriçado.<br />

A cor do pelo depende dos melanócitos localizados entre<br />

a papila e o epitélio da raiz do pelo (Figura 18.14), que fornecem<br />

melanina às células do córtex e da medula do pelo,<br />

por processo semelhante ao que ocorre na epiderme.<br />

Embora o processo de queratinização na epiderme e no<br />

pelo pareçam semelhantes, eles diferem em alguns aspectos:<br />

• enquanto a epiderme produz uma camada superficial de<br />

células mortas contendo queratina relativamente mole,<br />

com pouca adesividade e que se descama continuamente,<br />

no pelo acontece o oposto. Os pelos têm uma estrutura<br />

compacta constituída de queratina mais dura<br />

• Na epiderme, o processo de diferenciação e queratinização<br />

é contínuo e tem lugar sobre toda a superfície. No<br />

pelo, ele é intermitente e localizado no bulbo piloso. A<br />

papila do p elo tem ação indutiva sobre o epitélio que o<br />

recobre, o que explica a ausência de pelos quando ocorre<br />

a destruição da papila<br />

• Enquanto na epiderme as células se diferenciam de modo<br />

uniforme, resultando na camada córnea, as células epiteliais<br />

da raiz do pelo diferenciam-se em múltiplos tipos<br />

celulares, cada qual com sua ultraestrutura, histoquímica<br />

e funções características. A atividade mitótica das<br />

células dos folículos dos pelos é influenciada pelos hormônios<br />

androgênicos (hormônios masculinos).<br />

..,. Unhas<br />

As unhas são placas de células queratinizadas localizadas<br />

na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos.

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