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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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1 O 1 Tecido Museu lar<br />

= =<br />

Corpúsculo tendíneo de Golgi<br />

Figura 10.20 Corpúsculo tendíneo de Golgi. Esta estrutura capta informação sobre a<br />

diferença de tensão entJe os tendões e transmite essa informação para o sistema nervoso<br />

central, no qual elas são processadas e participam da coordenação da intensidade das<br />

contrações musculares.<br />

estruturas são proprioceptivas (captam estímulos gerados<br />

no próprio organismo) e respondem às diferenças tensionais<br />

exercidas pelos músculos sobre os tendões. Essas<br />

informações são transmitidas ao sistema nervoso central e<br />

participam do controle das forças necessárias aos diversos<br />

movimentos.<br />

• Sistema de produção de energia<br />

A célula muscular esquelética é adaptada para a produção<br />

de trabalho mecânico intenso e descontínuo, necessitando<br />

de depósitos de compostos ricos em energia. A energia que<br />

pode ser mobilizada com mais facilidade é a acumulada em<br />

ATP e fosfocreatina, ambos compostos ricos em energia nas<br />

ligações fosfato, que são armazenados na célula muscular.<br />

Existe também energia nos depósitos sarcoplasmáticos de<br />

glicogênio. O tecido muscular obtém energia para formar<br />

A TP e fosfocreatina a partir dos ácidos graxos e da glicose.<br />

As moléculas de ácidos graxos são rompidas pelas enzimas<br />

da 13-oxidação, localizadas na matriz mitocondrial. O acetato<br />

produzido é oxidado pelo ciclo do ácido cítrico, sendo<br />

a energia resultante armazenada em ATP (Capítulo 2).<br />

Quando o músculo exerce atividade intensa, pode haver<br />

insuficiência de oxigênio, e a célula recorre ao metabolismo<br />

anaeróbio da glicose (glicólise), com produção de ácido<br />

láctico. O excesso de ácido láctico pode causar cãibras, com<br />

intensa dor muscular.<br />

De acordo com sua estrutura e composição molecular,<br />

as fibras musculares esqueléticas podem ser identificadas<br />

como tipo l, ou fibras lentas, e tipo II, ou fibras rápidas. As<br />

fibras do tipo I são vermelho-escuras e ricas em sarcoplasma<br />

contendo mioglobina. Essas fibras são adaptadas para contrações<br />

continuadas. Sua energia é obtida principalmente<br />

dos ácidos graxos que são metabolizados nas mitocôndrias.<br />

As fibras do tipo II são adaptadas para contrações rápi·<br />

das e descontínuas. Elas contêm pouca mioglobina e, por<br />

isso, são vermeU10-claras. As fibras do tipo II podem ser<br />

subdivididas nos tipos IIA, IIB e II C, de acordo com suas<br />

características fmicionais e bioquímicas. As fibras do tipo<br />

IIB são as mais rápidas e dependem principalmente da glicólise<br />

como fonte de energia. Essa classificação das fibras<br />

musculares é importante para a caracterização das doenças<br />

musculares (miopatias) nas biopsias de tecido muscular.<br />

Nos seres humanos, os músculos esqueléticos geralmente<br />

apresentam diferentes proporções desses tipos de<br />

fibras, conforme o músculo considerado. A diferenciação<br />

das fibras musculares nos tipos vermelho, branco e intermediário<br />

é controlada pelos nervos. Quando se cortam, em<br />

experimentos com animais, os nervos das fibras brancas e<br />

vermelhas e se faz reimplante cruzado, as fibras musculares<br />

mudam seu caráter durante a regeneração, seguindo a nova<br />

inervação recebida.<br />

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