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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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15 1 Trato Digestivo<br />

Ácidos biliares · - • - Lipídios • Lipase<br />

.""<br />

Glicerol / Ácidos graxos Monoglicerídios<br />

• • •<br />

•<br />

• •<br />

----- ·• Capilar linfático<br />

Lâmina basal<br />

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Figura 15.23 Absorção lipídica no lntestíno delgado. A enzima lipase promove a h~<br />

drólise de lipídios em monoglicerídios e ácidos graxos no lúmen intestinal. Esses compostos<br />

estão estabilizados em uma emulsão pela ação dos ácidos biliares. Os produtos da hidrólise<br />

cruzam a membrana das microvilosidades passivamente ou com auxmo de proteínas transportadoras<br />

(dependendo do tamanho da molécula) e são coletados nas cisternas do retículo<br />

endoplasmático liso, onde os triglicerídios são novamente sintetizados. Esses trigliceridíos<br />

são circundados por uma camada delgada de proteínas, formando partículas denominadas<br />

quilomícrons (0,2a1 µ.m de diâmetro). Osquilomíaonssáo transferidos para o complexo de<br />

Golgi e migram então para a membrana lateral, na qual são liberados porexocitose. Muitos<br />

quilomícrons são transportados para a linfa; poucos o são para a circulação sanguínea. Os<br />

ácidos graxos de cadeia longa(> (12) seguem principalmente para os vasos linfáticos.Áôdos<br />

graxos com menos de 10 a 12 átomos de carbono não são reesterificados a triglicerídios,<br />

difundem-se para fora da célula e dirigem-se para os vasos sanguíneos. (Adaptada dos<br />

resultados de Friedman HI, Cardei! RR Jr. Anat Rec 1977;188:77.)<br />

do sistema linfoide (nódulos), onde respostas imunológicas<br />

contra estes antígenos são iniciadas. Células M representam,<br />

portanto, um elo importante na defesa imunológica<br />

intestinal (Figuras 15.26 a 15.28). A lâmina basal sob as<br />

células M é descontínua, facilitando o trânsito de células<br />

entre o tecido conjuntivo e as células M (Figuras 15.26 e<br />

15.27).<br />

A extensa superfície mucosa do trato gastrintestinal está<br />

exposta a muitos microrganismos potencialmente invasivos.<br />

Imunoglobulinas da classe IgA (discutida anteriormente),<br />

encontradas nas secreções, são sintetizadas por<br />

plasmócitos e formam a primeira linha de defesa. Outro<br />

mecanismo protetor é formado pelas junções intercelulares<br />

oclusivas que fazem da camada de células epiteliais uma<br />

barreira para a penetração de microrganismos. Além disso,<br />

e, provavelmente, servindo como a principal barreira protetora,<br />

o trato gastrintestinal também contém macrófagos<br />

e grande quantidade de linfócitos (Figura 15.28), localizados<br />

tanto na mucosa quanto na submucosa. Juntas, estas<br />

células formam o tecido linfoide associado ao trato digestivo<br />

( GALT, do inglês gastrointestinal associated lymphoid<br />

tissue).<br />

• Células endócrinas do intestino<br />

Além das células já discutidas, o intestino contém células<br />

<strong>amp</strong>lamente distribuídas com características do sistema<br />

neuroendócrino difuso. Os principais resultados obtidos<br />

até o momento estão resumidos na Tabela 15.l.<br />

Sob estímulo, essas células liberam seus grânulos de<br />

secreção por exocitose e os hormônios podem então exercer<br />

efeitos parácrinos (locais) ou endócrinos (via sangue).<br />

Células secretoras de polipeptídios do trato gastrintestinal<br />

podem ser classificadas de duas maneiras: tipo aberto, nas<br />

quais o ápice da célula apresenta microvilosidades e está<br />

em contato com o lúmen do órgão (Figura 15.29), e tipo<br />

fecliãdõ, nas quais o ápice da êélula éstá recobérto pôr<br />

outras células epiteliais. No intestino delgado as células<br />

endócrinas do tipo aberto são mais alongadas que as células<br />

absortivas adjacentes; têm microvilosidades irregulares na<br />

superfície apical e pequenos grânulos de secreção no citoplasma.<br />

Tem sido sugerido que no tipo aberto as microvilosidades<br />

podem conter receptores para substâncias existentes<br />

no lúmen do intestino, o que poderia regular a secreção<br />

dessas células. Embora os conhecimentos sobre a endocrinologia<br />

gastrintestinal ainda estejam bastante incompletos,<br />

a atividade do sistema digestivo é claramente controlada<br />

pelo sistema nervoso e modulada por um sistema complexo<br />

de hormônios peptídicos produzidos localmente.<br />

• Lâmina própria à serosa<br />

A lâmina própria do intestino delgado é composta por<br />

tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos,<br />

fibras nervosas e fibras musculares lisas. A lâmina<br />

própria preenche o centro das vilosidades intestinais, onde<br />

as células musculares lisas (dispostas verticalmente entre<br />

a muscular da mucosa e a ponta das vilosidades) são responsáveis<br />

pela movimentação rítmica, importante para a<br />

absorção dos nutrientes (Figuras 15.17 e 15.30).<br />

A muscular da mucosa não apresenta qualquer peculiaridade<br />

neste órgão. A submucosa contém, na porção inicial<br />

do duodeno, grupos de glândulas tubulares enoveladas<br />

ramificadas que se abrem nas glândulas intestinais. Estas<br />

são as glândulas duodenais (Figura 15.31), cujas células<br />

secretam muco alcalino (pH 8,1 a 9,3). Esse muco protege

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