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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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<strong>Histologia</strong> <strong>Básica</strong><br />

• Polpa branca<br />

A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que<br />

constitui as bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos<br />

que se formam por espessamentos dessas bainhas<br />

(Figuras 14.31 e 14.32). No tecido linfático das bainhas<br />

periarteriais predominam os linfócitos T, mas nos nódulos<br />

existe predominância dos linfócitos B. Entre a polpa<br />

branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada,<br />

constituída pelos seios marginais. Nesses seios encon •<br />

tram-se linfócitos, macrófagos e células dendríticas (apresentadoras<br />

de antígenos) que retêm e processam antígenos<br />

trazidos pelo sangue. A zona marginal contém muitos antígenos<br />

transportados pelo sangue e desempenha importante<br />

papel imunitário. Muitas arteríolas derivadas da artéria<br />

central drenam nos seios marginais e outras estendem-se<br />

além da polpa branca, mas fazem um trajeto curvo eretornam,<br />

desembocando também nos seios marginais. Assim,<br />

essa zona tem papel importante na "filtragem" do sangue e<br />

na iniciação da resposta imunitária.<br />

• Polpa vermelha<br />

A polpa vermelha (Figuras 14.34 e 14.35) é formada por<br />

cordões esplênicos, separados por sinusoides. Os cordões<br />

esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são<br />

contínuos e de espessura variável, conforme o estado local<br />

de distensão dos sinusoides. São constittúdos por uma rede<br />

frouxa de células reticulares e fibras reticulares (colágeno<br />

tipo III) que contêm outras células, como macrófagos, linfócitos<br />

B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos,<br />

além de plaquetas e eritrócitos.<br />

Os sinusoides esplênicos são revestidos por células endoteliais<br />

alongadas, com seu eixo maior paralelo ao sinusoide.<br />

Essa parede delgada e incompleta é envolvida por lâmina<br />

basal descontínua e por fibras reticulares que se dispõem<br />

principalmente em sentido transversal, como os aros de um<br />

barril. As fibras transversais e as que correm em diversas<br />

direções unem-se e formam uma rede em torno das células<br />

do sinusoide (Figura 14.33), à qual se associam macrófagos.<br />

Os espaços entre as células de revestimento dos sinusoides<br />

esplênicos (Figura 14.33) medem 2 a 3 p.m ou menos.<br />

• Histofisiologia<br />

As ftmções mais conhecidas do baço são a formação<br />

de linfócitos, a destruição de eritrócitos (Figura 14.36), a<br />

defesa do organismo contra invasores e o armazenamento<br />

de sangue.<br />

A polpa branca do baço produz linfócitos, que migram<br />

para a polpa vermelha e alcançam o lúmen dos sinusoides,<br />

incorporando-se ao sangue Já contido.<br />

.;. 0<br />

<strong>Histologia</strong> aplicada<br />

No feto, o baço produz também granulócitos {neutrófilos, basófilos<br />

e eosinófilos) e hemácias; porém, essa atividade cessa no fim da fase<br />

fetal. Em determinadas condições patológicas (leucemias, por exemplo),<br />

o baço pode voltar a produzir granulócitos e hemácias, sofrendo<br />

um processo chamado de metaplasia mieloide. Metaplasia é a transformação<br />

patológica de um tipo de tecido em outro. Chama-se metaplasia<br />

mieloide o aparecimento de tecido mieloide fora da medula óssea<br />

vermelha.<br />

Figura 14.34 Vista geral da polpa vermelha do baço, com o microscópio eletrônico de varredura. Observe os sinusoides (S) e os cordões da polpa vermelha (C). 360X. (Reproduzida,<br />

com autorização, de Myioshi M, Fuji ta T: Arch Histol Jap 33:225, 1971.)

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