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Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Edição - Junqueira & Carneiro

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1 O 1 Tecido Muscular<br />

• Organização do músculo esquelético<br />

Em um músculo, como o bíceps ou o deltoide, por<br />

exemplo, as fibras musculares estão organizadas em grupos<br />

de feixes, sendo o conjunto de feixes envolvidos por<br />

uma camada de tecido conjuntivo chamada epimísio<br />

(Figuras 10.2 e 10.3), que recobre o músculo inteiro. Do epimísio<br />

partem finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem<br />

para o interior do músculo, separando os feixes. Esses<br />

septos constituem o perimísio. Assim, o perimísio envolve<br />

os feixes de fibras. Cada fibra muscular, individualmente,<br />

é envolvida pelo endomísio (Figuras 10.2 a 10.4), que é<br />

formado pela lâmina basal da fibra muscular, associada a<br />

fibras reticulares. O endomísio apresenta escassa população<br />

celular constituída por algumas células do conjuntivo,<br />

principalmente fibroblastos.<br />

O tecido conjuntivo mantém as fibras musculares unidas,<br />

possibilitando que a força de contração gerada por cada<br />

fibra individualmente atue sobre o músculo inteiro. Este<br />

papel do conjuntivo tem grande significado funcional porque<br />

na maioria das vezes as fibras não se estendem de uma<br />

extremidade do músculo até a outra. Além disso, a força da<br />

contração do músculo pode ser regulada pela variação do<br />

número de fibras estimuladas pelos nervos.<br />

É ainda por meio do tecido conjuntivo que a força de<br />

contração do músculo se transmíte a outras estruturas,<br />

como tendões e ossos.<br />

Os vasos sanguíneos penetram o músculo através dos<br />

septos de tecido conjuntivo e formam extensa rede de capi-<br />

lares que correm entre as fibras musculares (Figura 10.5). O<br />

tecido conjuntivo do músculo contém, ainda, vasos linfáticos<br />

e nervos.<br />

Alguns músculos se afilam nas extremidades, observando-se<br />

uma transição gradual de músculo para tendão.<br />

Nessa região de transição, as fibras de colágeno do tendão<br />

(Figura 10.7) inserem-se em dobras complexas do sarcolema.<br />

• Organização das fibras musculares esqueléticas<br />

Quando observadas ao microscópio óptico, as fibras<br />

musculares esqueléticas mostram estriações transversais,<br />

pela alternância de faixas claras e escuras (Figuras 10.6<br />

a 10.9). Ao microscópio de polarização, a faixa escura<br />

é anisotrópica e, por isso, recebe o nome de banda A,<br />

enquanto a faixa clara, ou banda I, é isotrópica. No centro<br />

de cada banda I nota-se uma linha transversal escura<br />

- a linha Z.<br />

A estriação da miofibrila se deve à repetição de unidades<br />

iguais, chamadas sarcômeros. Cada sarcômero, que mede<br />

cerca de 2,5 µ.m, é formado pela parte da miofibrila que fica<br />

entre duas linhas Z sucessivas e contém uma banda A separando<br />

duas semibandas I (Figuras 10.10 e 10.11).<br />

A banda A apresenta uma zona mais clara no seu centro,<br />

a banda H. A disposição dos sarcômeros coincide nas várias<br />

míofibrilas da fibra muscular, e as bandas formam um sistema<br />

de estriações transversais, paralelas, que é característico<br />

das fibras musculares estriadas.<br />

Capilares (nutrição)<br />

Endomisio<br />

(envolve cada<br />

fibra muscular)<br />

Perimísio (envolve conjuntos de<br />

feixes de fibras musculares)<br />

Epimisio (envolve o<br />

músculo inteiro)<br />

~=~ Cap ilares (nutrição)<br />

' ' ' ' ' ' ' '<br />

' ' '<br />

Figura 10.2 Este desenho esquemático ilustra a organização do músculo estriado esquelétíco. À direita, abaixo, o esboço de um músculo do qual foi retirado um segmento (em<br />

traceÍado), representado na figura maior, d esquerda.

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