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A indomavel Sofia - Georgette Heyer

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fechou a porta do seu escritório como devia; a Srta. Wraxton<br />

reconheceu sua voz e não pôde deixar de ouvir algo que você disse a<br />

ele.<br />

A mão dela, pousada no espaldar de uma cadeira, fechou-se com<br />

força na madeira envernizada, porém tornou a relaxar depois de uns<br />

instantes. Num tom de voz sem qualquer emoção, ela disse:<br />

— Não há limite para a solicitude da Srta. Wraxton. Quanta<br />

gentileza da parte dela ter se interessado por meus assuntos! Espero<br />

que tenha sido a sua sensibilidade que a impediu de falar comigo em<br />

vez de com você.<br />

Ele corou.<br />

— Precisa lembrar-se de que estou noivo da Srta. Wraxton. Nessas<br />

circunstâncias, ela achou seu dever mencionar-me o fato. Por não<br />

haver entre vocês um bom relacionamento, do tipo que possibilitaria a<br />

ela pedir-lhe uma explicação...<br />

— Bem, isso sem dúvida é certo. Nem entre nós, meu querido<br />

primo, há esse tipo de relacionamento. E se tem ideia de me pedir<br />

uma explicação sobre algo que resolvi fazer, deixe-me dizer-lhe que<br />

pode ir para o inferno!<br />

Charles sorriu.<br />

— Então talvez tenha sido por isso que Eugenia não se arriscou a<br />

falar com você sobre o assunto, pois teria ficado muito chocada se a<br />

mandasse para o inferno! Sempre fala como seu pai quando perde a<br />

calma, Sophy?<br />

— Não, nem sempre. Queira perdoar-me! Mas foi realmente<br />

intolerável!<br />

— Não nego, mas eu não teria lhe pedido uma explicação se você<br />

não tivesse pedido esta entrevista.

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