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A indomavel Sofia - Georgette Heyer

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oportunidade de observar a precisão com que a prima fez a curva e<br />

como manejava bem as rédeas e o chicote; contudo, ele não parecia<br />

muito satisfeito, pois assistia à aproximação da carruagem com uma<br />

expressão carrancuda e os lábios fortemente cerrados. Do cavalariço<br />

não havia sinal.<br />

A Srta. Stanton-Lacy, ao parar exatamente ao lado do Sr. Rivenhall,<br />

disse alegremente:<br />

— Queira perdoar-me por deixá-lo esperando! A questão é que não<br />

estou familiarizada com Londres e quase me perdi, e fui obrigada a<br />

pedir a direção no mínimo três vezes. Mas onde está o seu cavalariço?<br />

— Mandei-o para casa! — respondeu o Sr. Rivenhall.<br />

Ela olhou-o, seus expressivos olhos transbordantes de<br />

divertimento.<br />

— Que sensatez a sua! — aprovou. — Gosto de homens que<br />

pensam em tudo. Jamais teria discutido comigo adequadamente com<br />

aquele homem de pé atrás de nós, ouvindo cada palavra que<br />

dizíamos.<br />

— Como ousou conduzir meus cavalos? — perguntou o Sr.<br />

Rivenhall, ameaçador. Subiu e ocupou seu lugar, dizendo, em tom<br />

brusco: — Dê-me as rédeas, já!<br />

Ela entregou-as junto com o chicote, mas disse, num tom<br />

apaziguador:<br />

— Sem dúvida não foi muito correto da minha parte, mas deve<br />

admitir que não havia como tolerar sua conduta falando comigo como<br />

se eu fosse uma tola desprezível, incapaz de conduzir um asno.<br />

Os lábios impacientes do Sr. Rivenhall estavam de novo tão<br />

rigidamente selados que não parecia haver possibilidade de ele<br />

admitir qualquer coisa.

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