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A indomavel Sofia - Georgette Heyer

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enviar um mensageiro até sua mansão no campo para trazê-lo. Diziam<br />

que ele possuía algumas das mais belas casas do país, herança de<br />

família, além de um pinheiral do qual, ele prometeu, daria os<br />

melhores frutos a Amabel logo que ficassem maduros o suficiente<br />

para serem comidos.<br />

— Quanta gentileza! — exclamou Sophy, colocando o prato na<br />

mesa. — Eu não sabia que Charlbury tinha vindo. Pensei que fosse<br />

Augustus.<br />

— Os dois estiveram aqui — respondeu Cecilia. — Augustus quis<br />

me dar um poema... sobre uma criança doente.<br />

Seu tom de voz era neutro. Sophy disse:<br />

— Que horror! Quero dizer, que encantador! Era bonito?<br />

— Não nego que pudesse ser. Acho que não gosto de poemas sobre<br />

o assunto — respondeu Cecilia em voz baixa.<br />

Sophy permaneceu calada. Depois de um instante, Cecilia<br />

acrescentou:<br />

— Embora me seja impossível retribuir a consideração de lorde<br />

Charlbury, hei de ter sempre consciência da delicadeza do seu<br />

comportamento e a extrema gentileza que nos tem demonstrado em<br />

nossa aflição. Eu... eu desejo que você possa ser encarregada de<br />

recompensá-lo, Sophy! De modo geral, você está aqui em cima, e<br />

assim não pode saber as horas incontáveis que ele tem passado com<br />

minha mãe, conversando, jogando gamão, só, acredito, para nos<br />

aliviar um pouco dessa obrigação.<br />

Sophy não pôde deixar de sorrir.<br />

— Não para aliviar-me, Cecy, pois ele deve saber que a tarefa de<br />

cuidar da minha tia não recaiu sobre mim. Se a cortesia for<br />

intencional, certamente deve entender que é para você.

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