Monopólios Digitais
Concentração e Diversidade na Internet
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<strong>Monopólios</strong><br />
<strong>Digitais</strong><br />
Em 2011, o número de visitantes únicos do site ultrapassou 1 bilhão. No mesmo<br />
ano, avançou sobre o mercado de dispositivos com a aquisição da Motorola, na<br />
maior negociação deste tipo já feita: US$ 12,5 bilhões. Em 2012, apostou no mercado<br />
de dispositivos com o lançamento de seu óculos, o Google Glass.<br />
Em 2013, mesmo já disponibilizando o serviço Maps, o Google comprou<br />
o Waze, aplicativo de mobilidade, e continuou a tentativa de emplacar dispositivos<br />
“usáveis” com lentes de contato inteligentes. Em 2014, comprou a NestLabs,<br />
empresa do segmento de fabricação de termostatos e detectores inteligentes. Em<br />
2015, concretizou sua ampliação de escopo com a criação do conglomerado Alphabet,<br />
dentro do qual a antiga empresa seguiu como braço responsável pelos<br />
serviços relacionados à Internet.<br />
Em 2016, o Google adquiriu a empresa DeepMind Technologies, avançando<br />
sobre o campo de desenvolvimento de soluções de inteligência artificial. Em 2017, o<br />
conglomerado operou uma negociação diferente e comprou, por US$ 1,1 bilhão, dois<br />
mil funcionários da fabricante de smartphones HTC, de Taiwan, além de licenças não-<br />
-exclusivas de propriedade intelectual. Além de celulares, a empresa também atua com<br />
equipamentos de realidade virtual.<br />
Atividades<br />
Na visão dos seus dirigentes, em seu núcleo, o Google sempre foi uma empresa<br />
de informação. “Nós acreditamos que a tecnologia é uma força democratizante, empoderando<br />
pessoas por meio da informação” (ALPHABET, 2017, p. 1). A empresa se vê<br />
como um lugar “de incrível criatividade e inovação que usa sua expertise técnica para<br />
lidar com grandes problemas”. Após a criação da holding Alphabet, o grupo passou a<br />
se organizar dividindo os negócios entre seu núcleo, Google, e os demais, que chama<br />
de “outras apostas” (Other Bets). Estes são caracterizados como negócios de estágio<br />
inicial, com potencial maior de risco.<br />
Dentro do “guarda-chuva” Google, está o mecanismo de busca de mesmo<br />
nome, que revolucionou esse tipo de serviço ao organizar os resultados pelo ranqueamento<br />
dos sites a partir de uma série de critérios, como as demais páginas conectadas<br />
a ele. O sistema foi denominado “pagerank”. Com isso, tornou-se líder desse mercado,<br />
com 70% de participação . Ainda dentro deste “guarda-chuva”, estão os sistemas de<br />
publicidade online que operam sobre ele, o aplicativo de mapas, o YouTube, os serviços<br />
de nuvem, o navegador Chrome e os sistemas operacionais Android e Chrome OS,<br />
além da loja Google Play. O YouTube já é a maior plataforma de vídeo do planeta, com<br />
1,5 bilhão de usuários (Matney, 2017).<br />
Já o grupo das “outras apostas” inclui negócios como Access (serviços de<br />
acesso à web), Calico (pesquisa médica), CapitalG (operações no mercado financeiro),<br />
Fiber (infraestrutura), GV (investimentos), Nest (venda de dispositivos conectados),<br />
Verily (pesquisa biomédica), Waymo (carros autônomos) e X (dispositivos de<br />
realidade aumentada).<br />
Entre os negócios adjacentes estão aqueles em software e hardware. Após adquirir<br />
o Android, o Google fez deste o maior sistema operacional não só em smartpho-<br />
ESTUDOS<br />
DE CASO<br />
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