Monopólios Digitais
Concentração e Diversidade na Internet
Concentração e Diversidade na Internet
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<strong>Monopólios</strong><br />
<strong>Digitais</strong><br />
Promoção<br />
Fatosdesconhecidos.<br />
com.br<br />
Otvfoco.<br />
com.br<br />
Wordpress.<br />
com<br />
Sites<br />
Acesso<br />
condicionado<br />
Site/entretenimento x x<br />
Site/entretenimento x x<br />
Plataforma/circulação<br />
de conteúdo/<br />
desenvolvimento<br />
de sites<br />
Modelo de negócio<br />
Publicidade Gratuidade Subsídio Taxação<br />
de ações e<br />
transações<br />
Outros<br />
x x x<br />
(soluções<br />
para<br />
sites)<br />
6.2.4 Estratégias de posicionamento das firmas<br />
A camada de aplicações e conteúdos vem sendo objeto de intensa disputas<br />
por agentes econômicos. Ela vem se formando como o espaço de confluência em que<br />
conglomerados dos mais diversos segmentos da Internet e de indústrias pregressas<br />
(como as de mídia, telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação)<br />
passam a agir e buscar ampliar suas receitas, aprofundando o fenômeno da convergência<br />
já descrito anteriormente em todas as suas dimensões.<br />
Um primeiro grupo da disputa é formado pelos provedores de conexão, popularmente<br />
conhecidos como teles. No caso brasileiro, a concentração no mercado<br />
levou a um quadro em que poucos conglomerados atuam nesse segmento: Telefônica/<br />
Vivo/GVT, Net/Claro/Embratel, OI e TIM. Todos eles possuem braços na camada de<br />
conteúdo, afirmando como a lógica de concorrência integrada pressiona os agentes a<br />
espraiarem-se por todas as etapas da cadeia. A Vivo oferece o Vivo Play, serviço de vídeo<br />
sob demanda que pode ser contratado juntamente aos seus pacotes de dados. A<br />
OI comercializa serviço semelhante e com o mesmo nome: Oi Play. A TIM disponibiliza<br />
a seus usuários um serviço de streaming de áudio, TIM Music, operado pela empresa<br />
Deezer. Esse exemplo mostra como a atuação na camada de conteúdo não precisa<br />
se dar necessariamente pela montagem de serviços próprios, mas em parceria com<br />
aqueles já estabelecidos. Já a NET/Claro/Embratel traz sua atuação no segmento de TV<br />
paga (assim como a Telefônica/Vivo) para ofertar vídeo sob demanda sob a marca NET<br />
Now. A companhia optou por uma segmentação e também implantou outra solução<br />
de VOD para os usuários de banda larga móvel denominada Claro Vídeo.<br />
CONCENTRAÇÃO<br />
E DIVERSIDADE<br />
NA CAMADA DE<br />
APLICAÇÕES E<br />
CONTEÚDOS NO<br />
BRASIL<br />
94<br />
As operadoras veem nos provedores exclusivos de serviços na web sua grande<br />
ameaça. Em sua visão, elas são submetidas a maiores encargos financeiros e regulatórios<br />
enquanto tais agentes podem fazer seus negócios de maneira mais livre. As companhias<br />
vistas como principais concorrentes são as grandes plataformas. Frente ao ascenso destas,<br />
as operadoras desenvolveram algumas estratégias de combate. A primeira é o controle<br />
do tráfego de dados (como a já mencionada degradação de tráfego de um serviço<br />
concorrente), violando a chamada neutralidade de rede. Enquanto nos Estados Unidos<br />
a prática da degradação foi retomada em novembro de 2017 7 , no Brasil o princípio da<br />
7 A Comissão Federal de Comunicações (FCC) revogou as regras que asseguravam a neutralidade de