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Monopólios Digitais

Concentração e Diversidade na Internet

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<strong>Monopólios</strong><br />

<strong>Digitais</strong><br />

bilhões até 2020 18 . Enquanto a Internet cresceu 10% entre 2016 e 2017, no caso das<br />

Redes Sociais o incremento foi de 21%.<br />

Movimento ascendente semelhante vem ocorrendo no consumo de bens culturais.<br />

O mercado de vídeo online também vem crescendo de forma substantiva. Levantamento<br />

da consultoria Nielsen (2016) apontou que a contratação de serviços pagos<br />

de vídeo sob demanda já chega a 26% da população mundial. Este índice é maior<br />

na América do Norte (35%) e na região da Ásia e Pacífico (32%). Quando tomado o<br />

recorte geracional, a penetração do serviço é maior entre a faixa de 15 a 34 anos (31%)<br />

em comparação com parcelas mais idosas, como a de 50 a 64 (15%).<br />

Pesquisa da consultoria Limelight realizada em 2017 em oito países (França,<br />

Alemanha, Índia, Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos)<br />

apontou que pessoas assistem, em média, a 5h45 por semana deste tipo de produto<br />

audiovisual. Na faixa de 18 a 25 anos, o consumo salta para 7h no mesmo período. A<br />

maioria do consumo ocorre em casa, mas os dispositivos móveis têm crescido como<br />

espaço de acesso a esses conteúdos. Em relação ao tipo de conteúdo, os filmes são os<br />

mais populares, seguidos de séries, programas jornalísticos e esportes.<br />

O líder absoluto em número de usuários é o YouTube (1,5 bilhão). Contudo,<br />

esse número não reflete necessariamente uma diversidade dentro da plataforma. Pesquisa<br />

da consultoria Tubular (2017) apontou que 24% de criadores de conteúdos são<br />

responsáveis por 71% dos views. No Facebook, o percentual é ainda maior: 26% dos<br />

produtores ganham 77% dos views. Nas duas plataformas, as companhias com maior<br />

número de views são o Buzzfeed (4,2 bilhões no Facebook e 703 milhões no YouTube),<br />

LadBible (4,2 milhões no Facebook e 2,3 milhões no YouTube), Unilad (4 milhões<br />

no Facebook e 2,7 no YouTube), Jungle Creations (4 milhões no Facebook e 9 mil no<br />

YouTube) e Time Warner (1,9 milhão no Facebook e 1,3 milhão no YouTube) (TUBULAR,<br />

2017). Se considerado o número de assinantes, os canais mais populares no YouTube<br />

são PewDiePie (58 milhões), YouTube Movies (54,1 milhões), HolaSoyGerman (32,6 milhões),<br />

JustinBieberVevo (32 milhões) e T-Series (28,7 milhões) 19 .<br />

Um levantamento do braço de pesquisa do banco Goldman Sachs (GOLDMAN<br />

SACHS RESEARCH, 2016) identificou preferências de consumidores de serviços de streaming.<br />

Segundo o estudo, as funcionalidades com maior diferencial são o tamanho do<br />

catálogo, a descoberta de novas músicas e artistas, o recurso de ouvir em diversos dispositivos<br />

e o apoio a artistas. Os consumidores que afirmaram pagar por estes serviços<br />

relataram como principais justificativas a conversão de períodos de testes 20 (49%), a<br />

exclusão de anúncios (29%) e o acesso móvel (27%). Uma pesquisa (TIVO, 2017) apontou<br />

que o movimento de abandono dos pacotes de TV paga é motivado fundamentalmente<br />

pelos preços e pela opção de troca por um serviço de streaming na Internet.<br />

No streaming de vídeo, o Netflix é o serviço especializado pago que desponta.<br />

18 Number of social media users worldwide 2010-2020. Statista. Disponível em:<br />

<br />

Acessado em 15 de junho de 2017.<br />

19 Informação disponível em: .<br />

20 Quando o serviço é disponibilizado de forma gratuita por um período de teste e o usuário passa a<br />

contratá-lo posteriormente.<br />

A CAMADA DE<br />

APLICAÇÕES E<br />

CONTEÚDOS<br />

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