Monopólios Digitais
Concentração e Diversidade na Internet
Concentração e Diversidade na Internet
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
<strong>Monopólios</strong><br />
<strong>Digitais</strong><br />
Sites mais acessados - Alexa (dezembro de 2017)<br />
17 Americanas.com.br Plataforma/comércio eletrônico<br />
18 Msn.com Plataforma/multiserviços<br />
19 Explicandoo.com Plataforma/circulação de conteúdos<br />
20 Metropoles.com Plataforma/circulação de conteúdos/jornalismo<br />
21 Twitter.com Plataforma/rede social/conteúdo<br />
22 Caixa.gov.br Site/institucional/banco<br />
23 Onoticioso.com Site/entretenimento<br />
24 Correios.com.br Site/institucional/correios<br />
25 Fatosdesconhecidos. Site/entretenimento<br />
com.br<br />
26 Reclameaqui.com.br Plataforma/circulação de conteúdos/<br />
27 Popads.net Publicidade<br />
28 Otvfoco.com.br Site/entretenimento<br />
29 Wordpress.com Plataforma/circulação de conteúdo/ desenvolvimento de<br />
sites<br />
30 Aliexpress.com Plataforma/comércio eletrônico<br />
6.2. Contexto e natureza dos setores e mercados<br />
6.2.1 Natureza e características específicas dos bens e serviços<br />
transacionados<br />
A camada é baseada em dois tipos de bens de feições muito particulares: informação<br />
e cultura. A informação é considerada um bem “não exclusivo” e “não rival” (HERS-<br />
COVICI, 2012). A não exclusividade diz respeito à dificuldade de controle da apropriação<br />
dos agentes deste bem. A não rivalidade está vinculada à não extinção do bem quando<br />
do seu consumo. Diferentemente de um bolo, que some após ser comido, ou de um<br />
sapato, que se desgasta ao longo do tempo conforme é utilizado, a informação pode ser<br />
consumida por um alto número de pessoas, cujo grau depende da disponibilidade e da<br />
capacidade de acesso dos usuários. Isso porque ela pode ser copiada ao infinito a depender<br />
das capacidades de armazenamento e reprodução (uma pessoa pode ter acesso<br />
a um vídeo se tiver um dispositivo e a um programa que permitam a sua execução). Hess<br />
e Ostrom (2003) argumentam que isso torna a informação um “bem comum”.<br />
Outra característica é a possibilidade de fruição por múltiplas pessoas ao mesmo<br />
tempo. Enquanto um carro só pode ser dirigido por uma pessoa por vez, um texto<br />
pode ser lido por milhões de pessoas ao mesmo tempo, potencializando sua circulação<br />
e realização. Sob a lógica capitalista, surge um movimento dos detentores dessa<br />
informação (não necessariamente seus produtores) de imposição de restrições, usando<br />
direitos de propriedade intelectual (DPI), visando limitar o acesso a elas. O objetivo<br />
é criar uma “escassez artificial” (GARNHAM, 1990) para possibilitar a monetização sob<br />
o consumo desse bem. Do outro lado, há formas de resistência na sociedade civil para<br />
CONCENTRAÇÃO<br />
E DIVERSIDADE<br />
NA CAMADA DE<br />
APLICAÇÕES E<br />
CONTEÚDOS NO<br />
BRASIL<br />
85