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Monopólios Digitais

Concentração e Diversidade na Internet

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<strong>Monopólios</strong><br />

<strong>Digitais</strong><br />

nes mas do mundo, ultrapassando o Windows em 2017 (G1, 2017) . A empresa entrou<br />

também no mercado de navegadores com o Chrome, em 2008. Dez anos depois, consolidou<br />

o domínio deste mercado em escala mundial, com participação de 60%, contra<br />

12,3% do Internet Explorer e 11% do Mozilla Firefox .<br />

O Chrome deu nome a um sistema operacional próprio, Chrome OS, lançado<br />

em 2010. Com custo mais baixo, os laptops nele baseados, chamados de “chromebooks”,<br />

passaram a ser vendidos em 2011 e, em 2016, ultrapassaram a venda<br />

de Macintoshs nos Estados Unidos (WARREN, 2016). No Brasil, os chromebooks<br />

passaram a ser comercializados em 2014. Em 2010, o conglomerado entrou no<br />

mercado de hardware, realizando parcerias com fabricantes (como HTC, Samsung,<br />

LG, Motorola e Huawei) para lançar a linha de dispositivos móveis Nexus, ficando<br />

responsável pelo design, desenvolvimento e publicidade da mesma. Smartphones<br />

ficaram conhecidos por serem aparelhos de “Android puro”, em referência ao seu<br />

sistema operacional.<br />

Em 2013, a empresa lançou o laptop Chromebook Pixel, que a partir de 2017<br />

passou a se chamar Pixelbook. No segmento de dispositivos móveis, colocou no mercado<br />

o tablet Pixel C em 2015. Um ano depois, finalizou a linha de aparelhos Nexus<br />

e passou a adotar o nome Pixel também para os smarphones. Apesar de ainda não<br />

figurar entre os mais vendidos , no Natal de 2017, pela primeira vez, ele foi o aparelho<br />

mais comercializado nos Estados Unidos (SMITH, 2017).<br />

Finanças<br />

O conglomerado Alphabet ainda depende essencialmente da receita dos produtos<br />

Google. E estes são assentados fundamentalmente sobre receitas publicitárias.<br />

“Nós geramos receitas principalmente pela oferta de publicidade online que os consumidores<br />

consideram relevantes e que os anunciantes consideram eficientes em relação<br />

aos custos” (ALPHABET, 2017, p.1). Esse tipo de receita foi responsável por 88% do<br />

faturamento da companhia em 2016 (p. 5). Esse modelo de auferir receitas é dividido<br />

pela empresa entre aquilo que chama de “propaganda de performance” (performance<br />

advertising) e “propaganda de marca” (brand advertising).<br />

A primeira modalidade envolve os anúncios disponibilizados nas páginas de<br />

resultado da busca, que ofertam links para os usuários acessarem mais informações<br />

sobre o bem ou serviço. O sistema utilizado foi batizado de Google AdWords e funciona<br />

como uma espécie de “leilão” baseado em palavras-chave. Os anúncios aparecem nas<br />

páginas do Google e de outros sites e aplicativos, que o grupo denomina “Google Network<br />

Members”. Estes, em contrapartida, exibem anúncios e recebem um percentual<br />

quando um visitante clica para acessar a fonte da mensagem. Na segunda modalidade,<br />

vídeos, imagens e conteúdos são disponibilizados em sites parceiros para reforçar a<br />

referência da marca junto a potenciais clientes.<br />

ESTUDOS<br />

DE CASO<br />

140<br />

O faturamento do conglomerado em 2016 foi de US$ 90 bilhões (ALPHA-<br />

BET, 2017, p. 19). Em 2012, era de US$ 46 bilhões. Ou seja, dobrou em um período<br />

de cinco anos. No período, a taxa média de crescimento anual foi de 20%. Deste<br />

total, US$ 89,463 bilhões são referentes a serviços do guarda-chuva Google e US$<br />

809 milhões proveem das chamadas “outras apostas”.

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