Envejecimiento y cultura en América Latina y el Caribe. - Ts.ucr.ac.cr
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ENVEJECIMIENTO EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE<br />
Conclusões<br />
Os resultados trazem uma imagem difer<strong>en</strong>ciada em r<strong>el</strong>ação às<br />
possibilidades de inclusão digital de pessoas adultas e idosas. Olhando<br />
para os três grupos, percebemos interesses, motivações, que variam de<br />
<strong>ac</strong>ordo com o contexto <strong>cultura</strong>l onde os indivíduos estão inseridos. Assim,<br />
as razões de freqü<strong>en</strong>tar um curso de informática são, em muitos dos casos,<br />
pouco específicas, sugerindo que a participação no curso não se deve a uma<br />
necessidade con<strong>cr</strong>eta, mas sim, a valores motivados por um discurso geral<br />
sobre a necessidade de conhecim<strong>en</strong>tos de informática no mundo de hoje. As<br />
pessoas que possuem razões específicas para o uso da informática, t<strong>en</strong>dem<br />
a utilizar o computador com mais freqüência depois do curso.<br />
O fato de ter um computador em casa f<strong>ac</strong>ilita a aproximação ao seu uso,<br />
mas nem sempre garante o interesse continuado. Especialm<strong>en</strong>te quando as<br />
pessoas apres<strong>en</strong>tam maiores dificuldades em lidar com o computador, a<br />
t<strong>en</strong>dência de não o utilizar mais depois do curso aum<strong>en</strong>ta bastante. Desta<br />
forma, os cursos, quando at<strong>en</strong>dem às especificidades dos participantes,<br />
oferecem a possibilidade de inclusão digital para uma parte dos adultos<br />
maduros e idosos, porém certo grupo se mantém distante da <strong>cultura</strong> digital<br />
cotidiana, mesmo com um curso de inclusão digital concluído, dados<br />
confirmados também para países europeus. (Sw<strong>el</strong>wyn et al., 2003)<br />
A abertura de um espaço d<strong>en</strong>tro da universidade para adultos e<br />
adultos maiores favorece a apr<strong>en</strong>dizagem dos participantes, não só por<br />
proporcionar um curso de inclusão digital, mas também p<strong>el</strong>o significado da<br />
proposta no imaginário da comunidade. Essa iniciativa promove uma<br />
imagem positiva do adulto maior, mostrando à comunidade que há<br />
possibilidades de apr<strong>en</strong>dizagem. E também permite a realização de desejos<br />
e superação de desafios por parte dessa população. É importante ressaltar<br />
que esses aspectos contribuem na diminuição da exclusão dos adultos<br />
maiores dos progressos tecnológicos da sociedade. Estes resultados podem<br />
ser obtidos, mesmo se os participantes depois do curso não continuem a<br />
utilizar o computador.<br />
O desafio dos educadores em dar s<strong>en</strong>tido à apr<strong>en</strong>dizagem do uso do<br />
computador deve levar em conta a existência de discursos que promovem a<br />
inclusão. Muitos d<strong>el</strong>es estão voltados para o consumo e para uma<br />
autonomia que contribui para a individualização. Por isso, se torna<br />
necessário estar at<strong>en</strong>to a estes discursos. Este é um desafio que se apres<strong>en</strong>ta<br />
ao educador em sua prática, aqui bem des<strong>cr</strong>ito por Doll, Buaes e Ramos<br />
(2008): “formar sujeitos para um consumo <strong>cr</strong>ítico e ‘consci<strong>en</strong>te’ das novas<br />
tecnologias, visto que <strong>el</strong>as ocupam um lugar importante no modo de conhecermos,<br />
pesquisarmos e nos r<strong>el</strong><strong>ac</strong>ionarmos com o mundo”.<br />
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