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Em outras ocasiões, mesmo muito mais cansado, ele ainda tivera energia e interesse bastante para passar a metade da noite em<br />

claro, em alucinantes ginásticas amorosas!<br />

Por um momento, Jeanne pensou em tomar satisfações. Mas, pensando um pouco melhor, ela chegou à conclusão que não teria o<br />

menor cabimento. Ele, de fato, deveria estar esgotado pela viagem e, ainda por cima, bastante preocupado.<br />

Afinal de contas, no dia seguinte e provavelmente no restante da semana, teria ainda muito trabalho para pôr em dia tudo o que<br />

ficara para trás por causa da sua ida ao Rio de Janeiro e isso, sem contar que teria de viabilizar todas as transações que engatilhara na<br />

Capital Federal.<br />

Para um homem do nível de responsabilidade de Tomás, essas preocupações contavam muito, inclusive em sua maneira de se<br />

relacionar com as pessoas. Assim, o melhor que ela faria era esperar um pouco e, se fosse o caso, conjurar Satã...<br />

CAPÍTULO 18<br />

Durante o ano e meio que se seguiu, Jeanne esteve muito ocupada com sua agenda de obrigações sociais, com visitas, festas,<br />

reuniões e atividades as mais diversas.<br />

Desde que ela fizera aquelas poucas sessões de profecias e desde que acertara de uma maneira tão impressionante em suas<br />

predições, ela passou a ser, como dissera o Príncipe das Trevas, não apenas respeitada, mas principalmente temida. E isso fazia com<br />

que as pessoas jamais deixassem de convidá-la para qualquer coisa que inventassem.<br />

E como na verdade Jeanne não desejava outra coisa, sentia-se feliz e realizada recebendo telefonemas, convites, chamadas para<br />

comparecer a palestras e toda sorte de futilidades que as madames da alta sociedade que não têm o que fazer, costumam inventar.<br />

As atividades sociais da francesa eram tantas, que ela nem sequer teve tempo para reparar que o marido estava cada vez mais<br />

distante e que nem sequer a procurava com a mesma frequência de antes.<br />

Jeanne chegava em casa tarde, não encontrava Tomás que, segundo o recado de Serafina, telefonara dizendo que tivera uma reunião<br />

e por isso, não jantaria com a esposa.<br />

Recado, na realidade, inútil pois Jeanne já jantara fora, ela também... Só que, é claro, não tivera a delicadeza de avisar.<br />

Da mesma maneira que se esquecera de Tomás, Jeanne também não se lembrou do Mestre.<br />

Estava ocupada, tinha muito em que pensar e não se lembrara nem mesmo de conjurá-lo para perguntar o por quê do comportamento<br />

de Tomás no dia em que chegara.<br />

Parecia que nada mais tinha qualquer importância para ela... O que a interessava era a sua projeção social, a certeza de uma sólida<br />

conta bancária e os olhares de respeito, admiração e temor que despertava quando aparecia em algum lugar...<br />

Tomás, por sua vez, estava muito satisfeito com a situação.<br />

Desde que percebera que Jeanne era a dominadora, era aquela que fazia e desfazia ao seu bel prazer, começara a nutrir uma certa<br />

raiva da mulher e... Por vezes, chegou a pensar em<br />

separação.<br />

Porém, tudo se sabe na sociedade...<br />

E Tomás logo ficou sabendo do que acontecera em sua casa enquanto estivera no Rio de Janeiro.<br />

No começo, foi difícil acreditar que Jeanne pudesse ter esse tipo de dom, essa tendência a ser clarividente mas, se contra a voz da<br />

maioria já é quase impossível ter argumentos, contra provas...<br />

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