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— Ele não poderia visar mais alto, não é mesmo? Bem ambicioso, o seu menino...<br />

Ficando subitamente sério, Figueira murmurou:<br />

— Mas... Espere aí... As coisas estão começando a aparecer... Jorge foi para o Rio de Janeiro na sexta-feira, não é isso?<br />

Bueno fez um sinal afirmativo com a cabeça.<br />

— E Simone decidiu viajar para o Rio hoje de manhã... Depois que recebeu um telefonema de Jorge...<br />

Um sorriso de felicidade iluminou o rosto redondo e vermelho de Bueno.<br />

— Então é isso! — exclamou Figueira — _É isso! Esses dois estão de amores! E nós nem sequer desconfiamos!<br />

— Vocês não desconfiaram — contestou Bueno — Mas eu estou sabendo de tudo desde o início... Desde quase cinco anos atrás,<br />

quando começaram a namorar escondido de Tomás e de Sylvia.<br />

— Mas porque mantiveram tudo em segredo? — perguntou Figueira — Não havia necessidade nenhuma! Não há nada mais natural<br />

dom que dois jovens se amarem, não acha? É assim que a espécie se perpetua...<br />

Bueno ergueu os ombros, indiferente.<br />

— Vai ver, eles criaram o hábito de fazer tudo em segredo — murmurou — E, no fundo, deve ser mais gostoso.<br />

156<br />

CAPÍTULO 29<br />

Jorge avistou Simone caminhando pelo saguão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro e, com um sorriso, correu para ela.<br />

Abraçaram-se, beijaram-se apaixonadamente e ele disse:<br />

— Desculpe-me fazê-la esperar, Simone... Mas o trânsito... O Rio de Janeiro está cada vez pior...<br />

— Faz tempo que eu não venho ao Rio — comentou Simone — Desde a morte de meus pais...<br />

E, com um trejeito que tentava justificar suas palavras, completou:<br />

— Não tenho boas recordações daqui, Jorge. Acho que é fácil de entender...<br />

— Claro — fez o rapaz — É claro que eu entendo.<br />

Ajudando-a com a mala, acrescentou:<br />

— Mas vamos deixar de lado os pensamentos negativos e as recordações tristes, Simone. Temos um bocado de trabalho pela frente<br />

e, quando tivermos terminado tudo, quero mostrar para você um Rio de Janeiro de que há de se lembrar com prazer.<br />

Aproximando-se do automóvel que Jorge alugara, Simone indagou:<br />

— E o nosso plano? Ainda está de pé?<br />

Jorge riu.<br />

Pondo a bagagem no porta-malas do carro, ele abraçou Simone mais uma vez e disse:<br />

— Mas é claro que está de pé, minha querida... Já providenciei tudo. Pode ficar descansada que há de dar certo.<br />

Dirigindo depressa, procurando acompanhar o tráfego enlouquecido da cidade, Jorge comentou:<br />

— Só não consigo compreender a razão de todo esse segredo, Simone. Você tem o direito de fazer o que quiser. E eu também! Não<br />

temos necessidade de nos escondermos!<br />

Simone ficou em silêncio por alguns instantes e, acendendo um cigarro para si e outro para Jorge, falou:

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