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Sua mão começou a percorrer o corpo de Jeanne.<br />
Fazia tanto tempo...<br />
Ela fechou os olhos e gemeu de prazer ao contato quente daquela mão que conseguia correr por todo seu corpo, detendo-se naqueles<br />
pontos mais sensíveis, fazendo-a respirar mais depressa e sentir o coração bater fora de compasso.<br />
— Venha — disse Satã — Sei o que você está precisando...<br />
Jeanne sentiu que estava sendo carregada para a cama. Sentiu o peso de um corpo sobre o seu, um calor que não podia ser humano,<br />
que não podia ser de um homem comum. Depois, ela começou a ter aquelas sensações que ela sabia não serem naturais...<br />
Mas, sensações que ela jamais deixaria de querer.<br />
Amaldiçoou-se por ter se deixado levar por Satã, ao mesmo tempo em que se via transportada para o êxtase absoluto...<br />
No fundo, desta vez, todo o prazer que sentia trazia em seu bojo uma ponta de revolta, de ódio de si mesma.<br />
Satã tinha vencido, mais uma vez...<br />
140<br />
*******<br />
Jeanne acordou muito mais tarde do que o habitual, sentindo o corpo terrivelmente dolorido mas, ao mesmo tempo, sentindo-se<br />
satisfeita, realizada e...revoltada.<br />
Levantou-se da cama com dificuldade e caminhou até o espelho para se olhar por inteiro, nua...<br />
Como sempre, o Príncipe das Trevas não tinha deixado marcas em seu corpo. Tinha deixado apenas sensações e recordações...<br />
O sorriso de felicidade que estava estampado em seu rosto desapareceu quando ela se lembrou que, no final das contas, ele<br />
conseguira fazer com que ela se esquecesse de Tomás, de Sylvia e, principalmente de Simone.<br />
Satã transformara a noite numa orgia e, com isso, ela se esquecera.<br />
— Aquele maldito! — pensou, tomando muito cuidado para apenas pensar — Conseguiu ir embora sem me dizer o que fazer... E isso,<br />
apenas para que eu seja obrigada a conjurá-lo outra vez!<br />
Apanhando uma toalha, começou a caminhar para o banheiro.<br />
Quando estava passando diante da mesinha de cabeceira, ela se distraiu e murmurou:<br />
— Agora, terei que chamá-lo mais uma vez... E não estava querendo fazer isso!<br />
Foi o bastante...<br />
Um estalido se deu como se tivesse acontecido um curto-circuito e a figura de Satã surgiu novamente diante de seus olhos.<br />
— Mas será que não entendeu? — perguntou o Demônio mostrando toda a sua irritação — Não entendeu que não posso fazer nada?<br />
Jeanne ficou paralisada no lugar, incapaz de mover um só músculo, enquanto Satã dizia:<br />
— Talvez eu não tenha sido muito claro... Não vai adiantar usar de Magia contra Simone. Você terá de atraí-la e, depois que ela estiver<br />
sob sua aura, aí sim, eu poderei fazer alguma<br />
coisa.<br />
Começou a desaparecer e, já no meio de uma névoa amarelada, ele finalizou:<br />
— Traga-a para perto de você. Fique perto dela. Faça com que Simone se integre à sua aura. Aí sim, poderei fazer alguma coisa!