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Enquanto Simone e Jorge desarrumavam as malas e guardavam as coisas da moça no armário, Jeanne estava num táxi a caminho do<br />

Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.<br />

Tinha assinado os documentos que lhe haviam enviado, estava completamente liberada da ação na Justiça e, assim, poderia dar<br />

seqüência ao seu plano.<br />

Adquiriu uma passagem para o Rio de Janeiro e, já sabendo que Simone estaria no Copacabana Palace, tratou de iniciar o seu ataque.<br />

Ela haveria de conseguir falar com ela em particular e haveria de fazê-la sua amiga... Era isso que precisava. Que Simone se tornasse<br />

sua amiga para poder estar bem próxima à sua<br />

aura.<br />

Havia apenas um detalhe que a deixara intrigada e, ao mesmo tempo, preocupada.<br />

Aquele tal de Jorge, o economista e assessor direto de Simone também estaria no Rio de Janeiro. Isso significava que a moça não<br />

estaria sozinha e, o que era mais aterrador, talvez ele estivesse lá com a intenção de lhe servir de proteção, uma espécie de guardacostas<br />

com nível universitário.<br />

O tipo da coisa que poderia atrapalhar Jeanne e muito...<br />

Respirou fundo, o táxi estava chegando ao aeroporto e Jeanne disse para si mesma:<br />

— Ora... Acho que estou me preocupando à toa. Ele não estará dormindo com ela. Terei a noite para lhe fazer uma visita...<br />

De repente, por sua mente maligna passou a idéia de que poderia estar redondamente enganada... Jorge poderia muito bem estar<br />

dormindo com Simone! Stephanie não dormira com o guarda-costas? E o Principado de Mônaco não caiu por causa disso.<br />

Mas no caso de Simone, as coisas seriam diferentes.<br />

Se isso fosse verdade, ela não seria mais virgem...<br />

Satã seria frustrado e ela...<br />

Bem...<br />

Nem era bom pensar no que iria acontecer.<br />

Procurando afastar de sua cabeça essas idéias, Jeanne avançou pelo saguão do aeroporto, em direção ao balcão da Ponte Aérea.<br />

158<br />

*******<br />

Desde que o avião pousara no Rio de Janeiro, Simone estava com uma estranha sensação de ansiedade.<br />

Ainda no saguão do aeroporto, ela achara que isso se devia ao fato de não estar com Jorge, de ele ainda não ter chegado para<br />

apanhá-la... Chegou a pensar até que o rapaz desistira e fora embora para o outro lado do mundo de onde, em segurança, enviaria uma<br />

carta explicando que não queria mais se casar.<br />

Simone riu consigo mesma dessa sua idéia quando o viu correr em sua direção, os braços abertos, o rosto feliz por causa do<br />

reencontro. Depois, como a ansiedade persistisse, ela pensou que fosse devida ao nervosismo natural das noivas nas vésperas do<br />

casamento.<br />

Mas, a calma e a segurança que a presença de Jorge lhe dava, mostravam claramente que isso não era verdade.<br />

Devia haver alguma outra coisa...<br />

E ela tinha a obrigação de descobrir o que a estava angustiando.<br />

— Não posso me casar sentindo isso! — pensou — É capaz de me atrapalhar tanto que eu não consiga fazer nada com Jorge e isso<br />

sim, depois de tantos anos, seria uma autêntica tragédia!<br />

Depois que suas roupas estavam arrumadas, enquanto Jorge, de seu quarto, fazia algumas ligações telefônicas marcando os<br />

compromissos de Simone para aquele dia, ela se espichou sobre a cama, deixando a porta de comunicação entre os dois quartos aberta<br />

de maneira a ouvir o que seu assessor e futuro marido dizia em seus telefonemas.

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