08.05.2013 Views

A construção de um projeto de educação bilíngue para

A construção de um projeto de educação bilíngue para

A construção de um projeto de educação bilíngue para

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

aprovada <strong>para</strong> a re<strong>de</strong> municipal <strong>de</strong> ensino do Rio <strong>de</strong> Janeiro logo após seu término. Fora<br />

isso também foi aprovada <strong>para</strong> cursar a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Geografia na UERJ.<br />

Ainda que o Curso Normal tivesse me pre<strong>para</strong>do <strong>para</strong> entrar n<strong>um</strong>a universida<strong>de</strong><br />

pública (mesmo que <strong>para</strong> frequentar <strong>um</strong> curso <strong>de</strong> baixo prestígio), o mesmo mostrou-se<br />

inconsistente <strong>para</strong> a minha formação como professora das séries iniciais do ensino<br />

fundamental. Pois, contrariamente ao que a literatura aponta, a ênfase do ensino foi dada<br />

aos conhecimentos filosóficos, políticos, sociológicos e históricos da <strong>educação</strong>, não sendo<br />

os mesmos articulados ao contexto imprevisível e <strong>para</strong>doxal <strong>de</strong> <strong>um</strong>a sala <strong>de</strong> aula, on<strong>de</strong> as<br />

<strong>de</strong>mandas do cotidiano escolar são a antítese do que o professor recém-formado espera<br />

encontrar.<br />

A solução <strong>para</strong> suprir as <strong>de</strong>ficiências <strong>de</strong> minha formação inicial foi encontrada na<br />

formação continuada e no prosseguimento dos estudos acadêmicos. Porém, estes ficaram<br />

prejudicados quando fui aprovada em <strong>um</strong>a segunda matrícula <strong>para</strong> a mesma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino<br />

e, não tendo tempo <strong>para</strong> c<strong>um</strong>prir a carga horária <strong>de</strong> estágio no CAP/UERJ, acabei<br />

abandonando com muito pesar a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Geografia. Então, fui procurar muito a<br />

contragosto a <strong>educação</strong> privada e visl<strong>um</strong>brei no curso noturno <strong>de</strong> fonoaudiologia na<br />

Universida<strong>de</strong> Veiga <strong>de</strong> Almeida, no ano <strong>de</strong> 1992, <strong>um</strong>a forma <strong>de</strong> graduar-me.<br />

Com o transcurso do tempo, fui ficando mais segura e pre<strong>para</strong>da <strong>para</strong> a tarefa<br />

docente. As leituras sobre a Psicogênese da escrita circunscritas ao âmbito das concepções<br />

construtivistas <strong>de</strong> ensino-aprendizagem ancoravam minha prática pedagógica. Finalmente,<br />

sabia o que estava fazendo em sala <strong>de</strong> aula! Não era mais novata, pois o cotidiano escolar,<br />

a formação em serviço e os aportes teóricos me “ensinavam” a ser professora.<br />

Porém, <strong>um</strong> ano <strong>de</strong>pois, motivada por melhorias salariais, fiz <strong>um</strong> terceiro<br />

concurso, <strong>de</strong>sta vez <strong>para</strong> a re<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino, <strong>para</strong> o Instituto Nacional <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong><br />

Surdos (INES), migrando da escola regular <strong>para</strong> a escola especial.<br />

E foi <strong>de</strong>ste modo que começou a experiência mais <strong>de</strong>sconcertante, significativa e<br />

<strong>de</strong>safiadora <strong>de</strong> minha vida profissional. Já na primeira semana <strong>de</strong> aula, com meus novos<br />

alunos, toda a segurança que havia adquirido em meu fazer pedagógico esvaiu-se junto<br />

com minha auto-estima conseguida com muita <strong>de</strong>dicação e estudo na re<strong>de</strong> regular <strong>de</strong><br />

ensino.<br />

Em com<strong>um</strong> com a realida<strong>de</strong> educacional anterior havia as baixas condições<br />

sócio-econômicas dos alunos. Porém existia diferença quanto à expectativa da maioria dos<br />

pais <strong>de</strong>sses novos discentes, que não visl<strong>um</strong>bravam na escola <strong>um</strong> local imprescindível <strong>para</strong><br />

o <strong>de</strong>senvolvimento cognitivo, social e emocional <strong>de</strong> seus filhos, e, sim, <strong>um</strong> recinto “mais<br />

14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!