Discursos Racialistas em Pedro Calmon - 1922/33 - Programa de ...
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daquele ano. Nessa época submeteu-se a um concurso para professor na Escola Normal da<br />
Bahia, mas não chegou a assumir a função porque, após a Revolução <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1930, o<br />
concurso foi anulado. Em 1931, quando já havia publicado vários livros, foi eleito sócio<br />
efetivo do IHGB e participou do Congresso Nacional <strong>de</strong> História. No ano seguinte,<br />
representou o Equador na Conferência Pan-Americana <strong>de</strong> Geografia e História realizada no<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro. Em 1934, mediante concurso, tornou-se livre-docente <strong>de</strong> direito público<br />
constitucional da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Retornando à vida política com a reconstitucionalização do país, <strong>em</strong> outubro <strong>de</strong><br />
1934 elegeu-se <strong>de</strong>putado fe<strong>de</strong>ral pela Bahia, na legenda da Concentração Autonomista,<br />
assumindo sua ca<strong>de</strong>ira <strong>em</strong> maio <strong>de</strong> 1935. Durante seu mandato, quando cresciam no país<br />
dois gran<strong>de</strong>s movimentos <strong>de</strong> massa, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação<br />
Integralista Brasileira (AIB), pronunciou-se ao lado do <strong>de</strong>putado João Batista Luzardo<br />
contra o ato do ministro da Guerra, general João Gomes Ribeiro Filho, <strong>de</strong> excluir das<br />
fileiras do Exército os militares que participaram <strong>de</strong> um comício da ANL <strong>em</strong> 28 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong><br />
1935. Ainda <strong>em</strong> 1935 discursou na escadaria da Câmara <strong>em</strong> favor dos estudantes, que na<br />
ocasião exigiam a redução <strong>de</strong> 50% nos preços das passagens dos coletivos. Em abril <strong>de</strong><br />
1936 foi eleito m<strong>em</strong>bro da Acad<strong>em</strong>ia Brasileira <strong>de</strong> Letras, ocupando a ca<strong>de</strong>ira nº 16.<br />
Permaneceu na Câmara até 10 <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 1937, quando o advento do Estado Novo<br />
suprimiu os órgãos legislativos do país.<br />
Durante a ditadura Vargas, voltou-se para as questões acadêmicas e culturais. Em<br />
1938 tornou-se catedrático <strong>de</strong> direito público constitucional e diretor da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Direito da Universida<strong>de</strong> do Brasil (UB), atual Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
(UFRJ), e <strong>em</strong> 1941, quando da fundação da Pontifícia Universida<strong>de</strong> Católica, passou a<br />
integrar seu corpo docente. Em 1945 tomou parte no I Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Escritores,<br />
realizado <strong>em</strong> São Paulo entre os dias 22 e 27 <strong>de</strong> janeiro, reunindo intelectuais <strong>de</strong> várias<br />
tendências políticas. Esse congresso <strong>em</strong>itiu uma <strong>de</strong>claração <strong>em</strong> favor da d<strong>em</strong>ocracia e das<br />
liberda<strong>de</strong>s públicas, o que constituiu uma contun<strong>de</strong>nte tomada <strong>de</strong> posição contra o Estado<br />
Novo. Ainda <strong>em</strong> 1945 foi eleito presi<strong>de</strong>nte da Acad<strong>em</strong>ia Brasileira <strong>de</strong> Letras e seguiu<br />
como <strong>de</strong>legado do Brasil às conferências Interamericana, realizada no México, e<br />
Interacadêmica para o Acordo Ortográfico, realizada <strong>em</strong> Lisboa.<br />
Em 1947, já no governo <strong>de</strong> Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), tornou-se diretor do<br />
Instituto <strong>de</strong> Estudos Portugueses Afrânio Peixoto, no Liceu Literário Português, e foi<br />
nomeado vice-reitor da UB. Nesse mesmo ano participou do Congresso Jurídico Nacional,<br />
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