15.05.2013 Views

Discursos Racialistas em Pedro Calmon - 1922/33 - Programa de ...

Discursos Racialistas em Pedro Calmon - 1922/33 - Programa de ...

Discursos Racialistas em Pedro Calmon - 1922/33 - Programa de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

uma nova síntese da História do Brasil” 20 . A obra, a ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> outras da mesma época<br />

sobre o Brasil, vinculava-se à realida<strong>de</strong> cotidiana <strong>de</strong> intelectuais que buscavam intervir nos<br />

direcionamentos da nação. Vianna, que tomou para si a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>svendar as supostas<br />

estruturas raciais brasileiras, esclarece seu posicionamento interveniente, que refletia o <strong>de</strong><br />

muitos outros homens <strong>de</strong> letras e <strong>de</strong> ciências <strong>de</strong> seu t<strong>em</strong>po, sobre os estudos <strong>de</strong> questões<br />

nacionais e o seu “imenso valor prático”, como ressaltou: “somente eles nos po<strong>de</strong>rão<br />

fornecer os dados concretos <strong>de</strong> um programa nacional <strong>de</strong> reformas políticas e sociais, sobre<br />

cujo êxito po<strong>de</strong>r<strong>em</strong>os contar com segurança” 21 .<br />

<strong>Pedro</strong> <strong>Calmon</strong> concentrou seus esforços nos exames da história, que procurou<br />

escrever <strong>de</strong> modo mais atraente, “fora da cronologia e da onomástica, dos sincronismos e<br />

das tábuas dos velhos epítomes” – como citou. A sua escrita da história procurou se pautar<br />

“<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um espírito científico” que “já dirige os conhecimentos mo<strong>de</strong>rnos”, <strong>em</strong> suas<br />

palavras 22 . O historiador tenta ampliar o seu leque <strong>de</strong> investigação e análise, inserindo na<br />

narrativa el<strong>em</strong>entos da formação psicológica e sócio-cultural brasileira, o que motivou a<br />

nota do historiador argentino Ricardo Levene, no prefácio da Historia <strong>de</strong> la Civilizacion<br />

Brasileña: “Em união feliz, <strong>Pedro</strong> <strong>Calmon</strong> associa a condição do sociólogo e do<br />

historiador, e porque porta estas inalienáveis qualida<strong>de</strong>s t<strong>em</strong> podido penetrar até a medula<br />

da história <strong>de</strong> seu povo 23 .”<br />

A observação <strong>de</strong> Levene reflete a preocupação <strong>de</strong> <strong>Pedro</strong> <strong>Calmon</strong> <strong>em</strong> compreen<strong>de</strong>r a<br />

história através do que cria ser uma “nova história” que não po<strong>de</strong>ria ser alcançada “s<strong>em</strong> a<br />

antropogeografia, s<strong>em</strong> a antropologia, s<strong>em</strong> a economia, s<strong>em</strong> o exame das manifestações<br />

artísticas e literárias, s<strong>em</strong> a apreciação do «espírito»”. Em seu julgamento, a história do<br />

20<br />

HCB, p. 3.<br />

21<br />

VIANNA, Oliveira. Evolução do Povo Brasileiro. São Paulo: Monteiro Lobato e Cia. S/d [19<strong>33</strong>?]. p.29.<br />

22<br />

HCB, p. 3.<br />

23<br />

LEVENE, Ricardo. “Prólogo”. In: CALMON, <strong>Pedro</strong>. Historia <strong>de</strong> la Civilizacion Brasileña. Buenos<br />

Aires: Ministerio da Justiça e Instrucción Publica, 1937. p. 14.<br />

66

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!