A DIVERSIDADE DA CONDIÃÃO HUMANA - Faders - Governo do ...
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sociais para atender as necessidades daqueles que são diferentes <strong>do</strong> "normal instituí<strong>do</strong>" pelo<br />
social, se vai amplian<strong>do</strong> a compreensão acerca da diversidade da condição humana.<br />
2.3 A DIFERENÇA ENTRE OS SUJEITOS DESSA SOCIE<strong>DA</strong>DE<br />
A sociedade capitalista tem seus padrões estabeleci<strong>do</strong>s de funcionalidade, dentre esses<br />
se destacam a eficiência, a produtividade, a lucratividade, a estética padronizada em um<br />
modelo de beleza pré-fixada pela imagem de grandes artistas de cinema. Os chama<strong>do</strong>s<br />
“deficientes”, os que têm estatura baixa, os que possuem peso acima da média, os que têm<br />
a cor da pele escura, os que já viveram muitos anos, os que estão <strong>do</strong>ente, os que não<br />
possuem recursos econômicos para o consumo e, outros tantos estão fora <strong>do</strong> “enquadre<br />
social”, daquilo que é deseja<strong>do</strong> idealmente, para a vida cotidiana, nesse modelo de<br />
sociedade.<br />
A vida, entretanto, se apresenta em suas inumeráveis facetas e, nessas não é possível um<br />
“enquadre social”, sem perder muito daquilo que constitui essencialmente os indivíduos<br />
enquanto seres humanos singularmente diferencia<strong>do</strong>s uns <strong>do</strong>s outros. Se for possível<br />
padronizar objetos, reproduzí-los por meio de uma máquina, com a espécie humana<br />
pensante o mesmo não acontece, pelo menos até o presente momento na<br />
contemporaneidade.<br />
Historicamente, as diferenças não são consideradas na constituição social. Em<br />
conseqüência, as pessoas porta<strong>do</strong>ras de “diferenças restritivas” são estigmatizadas. O fato<br />
de o sujeito ser porta<strong>do</strong>r de uma deficiência não significa que a sua totalidade enquanto ser<br />
seja deficiente. Embora isto pareça óbvio, infelizmente, na prática não é assim, porque na<br />
maioria das vezes, o entendimento da deficiência centra no indivíduo como um to<strong>do</strong> a<br />
responsabilidade pela inadequação. É como se a identidade pessoal fosse deficiente. Há<br />
uma naturalização da questão e assim não se considera o fator relacional da inadequação,